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Xandão de fralda, batom da Débora e ‘Faz o Elon’: o atrás do trio no ato pró-anistia de Bolsonaro

BRASÍLIA – À frente do trio elétrico em que Jair Bolsonaro (PL) e políticos aliados pediam o perdão para quem invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, um religioso de batina rosa e solidéu na cabeça destoava do entorno verde e amarelo que o acompanhava. 

Era Jonas Moreira, bispo da Igreja Anglicana Ortodoxa do Brasil que chegou em Brasília acompanhando o ex-presidenciável Padre Kelmon – este sim, em cima do trio – na caminhada rumo à Esplanada dos Ministérios em prol da anistia aos condenados do 8/1 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

O religioso tenta explicar a razão da cor da sua batina e a origem da sua igreja, mas é interrompido por uma idosa de cabelos loiros que, envolta de uma bandeira do Brasil amarrada à de Israel, erguia uma escritura em defesa da mesma causa. Era a lendária ‘“velhinha com a Bíblia na mão”, que chegou a se ajoelhar e rezar quando o caminhão de som parou depois da Catedral de Metropolitana de Brasília para Bolsonaro descer.

Contrariando recomendações médicas, o ex-presidente – que ficou 23 dias internado em um hospital da cidade após passar por uma cirurgia abdominal – compareceu ao evento, discursou no final e, no momento de entrada no carro, chegou a sair por um dos lados para saudar seus apoiadores, bem colados a ele. 

Dentro da corda do trio onde estavam o bispo e a idosa com a Bíblia, deputados federais e senadores circulavam para subir no carro e ter acesso ao microfone. No som, o mestre de cerimônia que entoava aos gritos os nomes dos parlamentares como um apresentador de rodeio dava o recado. “Quem já falou e fez seu vídeo desça, por favor, para dar lugar a outro deputado que também queira falar”, avisava. 

Na “pipoca” da manifestação – que os organizadores deram nome de “caminhada pacífica” – havia pessoas com cartazes pedindo anistia, a saída de Alexandre de Moraes ou a imagem de uma boca feminina com um batom e o alerta: “Cuidado!!!! Usar essa arma te condena a 14 anos de prisão”, em referência à pena dada à cabeleireira Débora Rodrigues que, entre outros crimes, pichou a estátua “A Justiça” na Praça dos Três Poderes.

Ao longo de toda a caminhada, ambulantes tentavam chamar a atenção dos manifestantes com bandeiras, bonés e camisetas como a de Alexandre de Moraes atrás das , pedidos de “Anistia Já” e até um curioso “Faz o Elon Musk” em alusão ao “Faz o L” de Lula. A trajetória sem paradas do trio, no entanto, não ajudou tanto as vendas. 

“Em outros eventos elas foram melhores, mas deu pra faturar”, garantiu Paulo Henrique, morador de Taguaí (SP) que junto com outras três pessoas veio a Brasília comercializar seus produtos. Cada peça custava R$ 70. 

Na dispersão, prestes a anoitecer, outra figura presente em atos convocados por Jair Bolsonaro era um homem careca que se apresentou como Julinho.

De camisa, gravata, toga, meião, tornozeleira eletrônica e fralda – sim, fralda –  Julinho segurava uma tampa de privada com as imagens de Lula e de Moraes, ele mesmo travestido daquele que é tido como o algoz do bolsonarismo. “Faço isso há quatro anos em protesto ao que estão fazendo hoje com o nosso país”, justificou. 

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