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veja quem pode tomar a vacina • DOL

Com a mudança na temperatura e as estações do ano, os casos de gripe tendem a aumentar no país. Por isso, todos os anos é importante que as pessoas vão ao posto de saúde para se imunizar.

Dados da última edição do boletim Infogripe, da Fiocruz mostram que o influenza A, causador da doença é responsável por 72,5% das mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A condição se caracteriza pela dificuldade de respirar quando há o agravamento da infecção.

A principal forma de prevenir a gripe é por meio da vacinação que é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) todos os anos.

Para quem a vacina é destinada?

De modo geral, a vacina está disponível exclusivamente para 20 grupos prioritários, como idosos, crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, profissionais da saúde, entre outros. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% desse público-alvo. No entanto, até agora, a cobertura vacinal alcançou apenas 32%.

No entanto, com o aumento precoce dos casos de gripe em todo o país, o Ministério da Saúde recomendou que estados e municípios ampliem o imunizante para toda a população.

“A orientação visa ampliar a proteção contra os vírus respiratórios que mais circulam no país, como a influenza A (H1N1), o VSR e o rinovírus, em período de baixas temperaturas e maior registro de casos da doença”, informou a pasta.

Estados como Amazonas, São Paulo, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco ampliaram a vacinação para toda a população. A cidade do Rio de Janeiro também adotou essa medida. Já nas regiões onde a vacinação segue restrita aos grupos prioritários, quem não pertence a esse público e deseja se imunizar pode buscar a vacina na rede privada.

Apesar de a vacina ser a mais importante para os grupos prioritários, em especial crianças e idosos, que têm maior propensão a desenvolver quadros mais graves, especialistas ouvidos pelo jornal O Globo afirmam que o ideal é que todas as pessoas se imunizem.

“Todos que puderem devem se vacinar. A imunização vai diminuir a probabilidade de infecção e, principalmente, de desenvolver casos graves”, diz o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury.

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O médico Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp e coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) disse que embora as complicações sejam mais comuns em pessoas vulneráveis, existem casos de adultos jovens e saudáveis que evoluem mal com a doença.

Alguns quadros podem até causar afastamentos do trabalho, com quadros febris e de mal-estar. A vacinação é uma maneira eficaz de reduzir esse impacto.

Além da imunização, outras práticas são fundamentais para prevenir a gripe, como lavar bem as mãos com água e sabão e evitar aglomerações.

Confira algumas dúvidas

A vacina da gripe causa gripe?

De acordo com Naime Barbosa, essa é uma das “fake news mais antigas e persistentes”. O imunizante é feito com vírus inativado, sem qualquer capacidade de provocar a doença.

O que pode acontecer, em alguns casos, são reações leves, que causam um mal-estar passageiro e podem ser confundidos com a infecção.

Outro fenômeno que pode ocorrer é a pessoa se vacinar, entrar em contato com algum vírus respiratório e adoecer. Uma terceira opção é a pessoa já estar infectada quando toma a vacina ou nos primeiros dias após a imunização, mas antes da vacina fazer efeito.

Quanto tempo a vacina faz efeito?

Demora cerca de 10 a 15 dias para a vacina fazer efeito.

A vacina do SUS é diferente da vacina da rede privada?

Tanto a vacina oferecida pelo SUS quanto a disponível na rede privada seguem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A principal diferença está na composição: a vacina do SUS é trivalente, protegendo contra três cepas do vírus da gripe — dois subtipos do influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem do influenza B (B/Victoria). Já a vacina da rede privada costuma ser quadrivalente, incluindo essas três cepas mais uma adicional do influenza B (B/Yamagata).

Isso não significa que a vacina do SUS seja “inferior” ou desatualizada. De acordo com o infectologista Granato, a cepa extra presente na versão quadrivalente tem circulação muito baixa.

A rede privada também oferece um segundo tipo de vacina, voltado exclusivamente para idosos: a vacina de alta dose. Ela utiliza as mesmas cepas da versão quadrivalente, mas contém quatro vezes mais antígenos, o que proporciona uma resposta imunológica mais robusta. Isso é especialmente importante para pessoas mais velhas, cujo sistema imunológico costuma ser menos eficiente e necessita de um estímulo maior para gerar anticorpos contra a gripe.

Segundo o infectologista Granato, essa é a opção ideal para idosos, pois oferece uma proteção superior. No entanto, por enquanto, está disponível apenas na rede privada.

A vacina da gripe é eficaz?

De modo geral, a eficácia da vacina da gripe gira em torno de 40% a 60%. Apesar disso, o imunizante é muito eficaz em casos mais graves, como o de hospitalizações e óbitos, especialmente nos grupos vulneráveis.

Quais os efeitos colaterais?

A maior parte das pessoas não apresenta nenhum sintoma relevante após após a aplicação. Quando ocorrem, são geralmente leves e passageiros, como dor e vermelhidão no local da aplicação, cansaço ou febre baixa nas primeiras 24 a 48 horas.

Existe contraindicação?

A principal contraindicação é para pessoas que já tiveram reação alérgica grave a alguma dose anterior da vacina ou a algum de seus componentes, especialmente à proteína do ovo. Pessoas com febre alta ou em estado geral de saúde comprometido devem aguardar a recuperação para se vacinar.

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