VEJA Mercado | 12 de junho de 2025.
O ministro Fernando Haddad não terá vida fácil no Congresso Nacional para aprovar o pacote de aumento de impostos proposto pelo governo. Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro discutiu com os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ). Haddad chegou a se referir aos deputados como “moleques”, que revidaram quando tiveram a palavra. A sessão foi suspensa depois do bate-boca. Durante a audiência, o ministro tentou justificar os aumentos de impostos. Haddad disse que as medidas apenas corrigem distorções e que a isenção de LCIs e LCAs “custa três Farmácias Populares que não vão para o setor”.
Haddad acredita que é possível conquistar “o primeiro superávit estrutural em anos” com as medidas em 2026. Só que os planos podem ir por água abaixo. Hugo Motta, presidente da Câmara, afirmou que apresentar ao setor produtivo qualquer solução que venha trazer aumento de impostos sem apresentar o mínimo de dever de casa do ponto de vista do corte de gastos não será bem aceito pelo Congresso.
Os partidos União Brasil e Progressistas (PP), que comandam ministérios no governo Lula, fecharam questão contra o aumento de impostos proposto pelo Ministério da Fazenda nesta semana. Diego Gimenes entrevista Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify!