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Veja como atuavam os grupos chefiados por Peixão contra as forças de segurança do Rio no Complexo de Israel | Rio

A Polícia Civil identificou 44 criminosos sem mandados de prisão que integravam, de forma ativa, a facção liderada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do tráfico no Complexo de Israel, um conjunto de favelas na zona norte do Rio de Janeiro e que inclui Parada de Lucas, Vigário Geral e Cidade Alta. Peixão, que lidera os traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP), mantinha uma organização altamente estruturada, com divisão tática de funções e uso de tecnologias para monitoramento e ataque, de acordo com a Polícia Civil.

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— Eles se armaram, se fortaleceram, se estruturaram, conseguiram projetar e fabricar instrumentos e obstáculos no interior da comunidade que dificultam muito o avanço da polícia. As barricadas eram simples trilhos de trem que ficavam ficados no chão. A gente desembarcava do blindado para tirar aquilo. Agora elas evoluíram muito, viraram verdadeiras obras de engenharia com vigas de sustentação — detalhou o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

As investigações de cerca de sete meses da polícia, que identificou 44 novos nomes envolvidos ao Peixão, revelaram que a facção atacava às forças de segurança pública, assim como ofensivas contra grupos rivais, em núcleos específicos. Para isso, alguns usavam drones para vigiar movimentações de policiais e de outras facções, planejar incursões e coordenar a instalação de barricadas complexas, que dificultavam o acesso de veículos blindados das polícias.

Bases armadas em construções estratégicas

Grupos treinados e equipados com armamento de alta potência tinham um objetivo específico: tentar “abater aeronaves das forças de segurança e da imprensa”, segundo o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

As investigações também identificaram construções erguidas em pontos estratégicos da comunidade, muitas delas com visão privilegiada — algumas com alcance de 360 graus —, utilizadas por criminosos para efetuar disparos contra agentes de segurança.

Entre os dois imóveis demolidos nesta terça-feira pelos policiais, está uma falsa igreja que funcionava como abrigo para traficantes e ponto de ataque na comunidade de Parada de Lucas. Em uma das salas, havia um buraco na parede voltado para a rua, usado como seteira — fresta por onde armas são apoiadas para garantir maior precisão nos disparos.

— Esse líder construiu uma falsa igreja que, na verdade, servia como abrigo para criminosos, com posições estratégicas para atirar contra a população e os policiais. Temos registros históricos disso. Essa estrutura já está sendo demolida, mas é importante destacar o nível de periculosidade envolvido — disse André Neves, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Segundo Neves, Alvaro Malaquias não apenas construiu um “templo de fachada”, como também montou “equipes com armamento antiaéreo para atacar aeronaves” da polícia. A polícia explica que havia grupos que atuavam dentro dessas construções, com fuzis e lunetas. Essas equipes ficavam protegidas em pontos da comunidade, cobertas por muros de concreto, em posições privilegiadas, com seteiras.

— Com essas visões privilegiadas, podem atirar com segurança nas nossas aeronaves. Eles ficavam em oito pontos específicos do raio da comunidade em locais protegidos, com seteiras, com fuzis e lunetas. A função deles eram só atirar nos helicópteros que se aproximavam. Para se ter ideia, nos últimos 5 anos, os ataques às nossas aeronaves aumentou 700% — disse o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.

Barricadas e ônibus incendiados

O delegado Moyses Santana ainda destacou que a estrutura organizada pelos criminosos mudou completamente a dinâmica das operações policiais, dificultando o avanço das forças de segurança nas comunidades. Segundo ele, além dos grupos treinados para tentar abater aeronaves, há também equipes responsáveis por atuar nas ruas, incendiando ônibus e instalando barricadas cada vez mais complexas, com obstáculos engenhosos “praticamente impossível” de passar com blindados.

— A polícia às vezes demora duas, três horas para romper esse obstáculo, e aí já é o tempo desses marginais conseguirem empreender fuga. Então é um trabalho muito difícil, são táticas de guerrilha. A gente está enfrentando e tendo resistência por parte desses marginais com fuzis .50, .30, armas antiaéreas — relatou o delegado da DRE, que capitaneou a operação nesta terça-feira no Complexo de israel.

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