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tudo sobre o depoimento de Tarcísio na trama golpista

A defesa de Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado, tentou ontem demonstrar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente não deu ordens ou participou de qualquer investida contra as instituições democráticas. Uma das testemunhas indicadas pelo ex-mandatário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), corroborou com a principal linha de argumentação dos advogados e afirmou, por exemplo, que o ex-presidente “jamais mencionou qualquer tentativa” de golpe. Em oitiva com duração de oito minutos, o ex-ministro da Infraestrutura não foi questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e pelo ministro da Corte, Alexandre de Moraes.

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O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, foi o único a fazer perguntas a Tarcísio, hoje apontado como possível candidato da direita, já que é o governador do maior colégio eleitoral e seu principal padrinho político está inelegível por oito anos. O ex-ministro, que vem afirmando ser candidato à reeleição, disputa a “bênção” do ex-presidente com outros governadores do campo político e membros do clã Bolsonaro.

Tarcísio foi eleito em 2022 com o apoio do ex-presidente, mas vem buscando se equilibrar entre declarações públicas de apoio a Bolsonaro e o afastamento de bolsonaristas radicais. Para isso, aposta em boas relação, inclusive, com integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), o que costuma lhe render críticas.

Como mostrou a colunista Bela Megale, do GLOBO, Bolsonaro já esperava que seu afilhado político colaborasse com a defesa.

— Nesse período que eu estive presente com o presidente nessa reta final, novembro, dezembro, nas visitas que eu fiz, de várias conversas, (Bolsonaro) jamais tocou nesse assunto, jamais mencionou qualquer tentativa de ruptura. Encontrei o presidente, que estava triste, resignado — afirmou.

Tarcísio e Bolsonaro tiveram dois encontros após as eleições presidenciais de 2022, na qual Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, um em novembro e outro em dezembro. É justamente neste período que o ex-presidente é acusado de planejar e liderar uma tentativa de golpe para impedir a posse do petista.

Além de negar “qualquer tentativa de ruptura”, Tarcísio saiu em defesa do governo do antigo presidente. Afirmou que a administração do ex-presidente passou por “cinco grandes crises” e mesmo assim foi um governo de “muitas reformas”.

— Foi um período, de 2019 a 2022, de muitas reformas, de enfrentamento de situações difíceis. O governo enfrentou pelo menos cinco graves crises, começando com a tragédia de Brumadinho, passando pela crise da Covid, uma grave crise hídrica, guerra da Ucrânia e todas elas procurando se sair da melhor maneira possível. Um país que terminou com superávit, um país que terminou gerando emprego, crescendo.

A audiência foi conduzida pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, e ocorreu por videoconferência. Tanto Moraes quanto Gonet não fizeram questionamentos. As respostas seguiram a linha que Tarcísio vem manifestando em suas redes. Em novembro passado, quando a Polícia Federal indiciou Bolsonaro, Tarcísio se manifestou no X.

“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa”, escreveu.

Após o julgamento que tornou Bolsonaro réu pela trama golpista, em março, Tarcísio também saiu em sua defesa e disse que Bolsonaro é a “principal liderança política do Brasil”.

Também ontem, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou ao STF que Bolsonaro não tentou “obstaculizar” a transição de governo. Nogueira foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro e comandou o processo de transição para o governo Lula.

— Foi tudo dentro da normalidade. O presidente em minuto nenhum quis obstaculizar qualquer tipo de situação, para que gente pudesse fazer a transição da melhor forma possível.

Nogueira foi indicado, além de Bolsonaro, como testemunha de defesa dos ex-ministros Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). Os três são réus na mesma ação penal.

O senador relatou que pediu para que Bolsonaro fizesse uma declaração autorizando a transição para desmobilizar o movimento de caminhoneiros, que começaram a obstruir rodovias após o resultado da eleição. Essa fala ocorreu em 1º de novembro de 2022, dois dias após o segundo turno.

— Eu precisava de uma fala do presidente (para) se iniciar a transição para que os caminhoneiros parassem de obstruir as rodovias.

Na parte da tarde, Renato de Lima França, subchefe de Assuntos Jurídicos no governo Bolsonaro, afirmou que não foi consultado sobre nenhum tipo de medida de exceção, como estado de defesa, de sítio ou Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

— Nada, nem solicitação de estudo, nada com relação a esses temas foi demandado pelo presidente à minha pessoa.

Já o general Gustavo Dutra, ex-comandante militar do Palácio do Planalto, disse ontem ter afirmado ao ex-ministro Anderson Torres que o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército estava “praticamente vazio” em 6 de janeiro, dois dias antes dos atos golpistas. Dutra foi indicado pela defesa de Torres. Na época dos fatos, Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

As defesas de Bolsonaro e de Anderson Torres dispensaram nove testemunhas que iriam prestar depoimento na ação penal. Entre elas, o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), o ex-ministro Gilson Machado e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

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