Mais cedo, porém, Hugo Motta voltou a criticar o aumento do imposto pelo governo. Em um evento no litoral de São Paulo com a participação de empresários e políticos na manhã de hoje, o presidente da Câmara classificou as medidas que sobem o tributo como “infelizes” e afirmou não ser razoável que o brasileiro “siga apertando a própria barriga”.
A cada crise, é um novo remendo no cobertor, só que esse fio está acabando. E, se nada for feito, essa costureira morre e leva o país junto. Temos um modelo fiscal que, ao invés de organizar o presente, transfere as angústias para o futuro. Isso não é apenas ineficiência, isso é injustiça. A conta, sempre ela, cai no colo do mais fraco. O brasileiro já apertou demais o cinto. Não é razoável que o Estado siga aumentando a própria barriga. Hugo Motta, durante evento com empresários no litoral paulista
Parlamentar disse ainda que o país está “preso” a um modelo de Estado que “gasta muito, entrega pouco” e “cobra cada vez mais de quem produz”. “Temos uma máquina pública que engorda enquanto o cidadão emagrece e isso não é justo”, seguiu o presidente da Câmara.
“Estamos em uma encruzilhada e chegou a hora de decidir o nosso destino”, acrescentou Motta. No mesmo evento, ele afirmou a jornalistas que o Brasil chegou a um ponto de inflexão: “Esse é um desses raros momentos em que o país precisa escolher entre adiar o inevitável ou enfrentar o inadiável” (leia mais aqui).
Outra reunião entre ministros e líderes do Congresso sobre IOF está prevista para amanhã. Segundo apurado pelo Estadão, participarão do encontro Haddad, Motta, Alcolumbre e líderes partidários, que devem discutir alternativas ao aumento do imposto. “Marcamos a reunião por entendermos que o governo precisa de chance para apresentar alternativas ao IOF”, disse Motta no mesmo evento mais cedo.
*Com Estadão