Ex-presidente minimizou a reunião, dizendo que o governo não tinha ‘gana’ para procurar algo que revogasse o resultado
10 jun
2025
– 16h02
(atualizado às 16h56)
Resumo
Jair Bolsonaro minimizou a reunião sobre uma suposta minuta de golpe, afirmou ter “entubado” o resultado das eleições e justificou não ter passado a faixa presidencial para evitar vaias.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou, durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 10, a reunião com ministros para discutir a suposta minuta de golpe. Ele declarou que teve de ‘entubar’ o resultado das eleições.
O ex-mandatário começou dizendo que não havia ‘gana’ para procurar algo na Constituição Brasileira que justificasse a revogação do resultado do pleito, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não existia essa vontade. O sentimento de todo mundo era de que não tínhamos mais nada o que fazer. Se tivesse que ser feito alguma coisa seria lá atrás, via Congresso Nacional. Não foi feito, então, tínhamos de entubar o resultado das eleições”, declarou.
Em seguida, ele justificou por que não passou a faixa para o presidente eleito no dia 1º de janeiro. “Eu não ia me submeter à maior vaia da história do Brasil, o senhor há de concordar comigo”, afirmou.
“Alguns dizem que alguma coisa aconteceu por que eu não passei a faixa. Não passei porque não ia me submeter a passar a faixa para esse atual mandatário que está aí”, continua.
O ex-mandatário é o quarto réu ouvido na sessão de hoje pelo relator. Antes dele, depuseram também Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Depois dele, é a vez de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa.
