Em depoimento, a mulher afirmou que os traficantes ordenaram que a arma fosse entregue à polícia para ser periciada
Rio de Janeiro|Monique Pires, da RECORD, com Raphael Lacerda*, do R7
Testemunha da morte, a amante do traficante Fhillip da Silva Gregório, o “Professor”, afirmou em depoimento à Polícia Civil que criminosos desconfiaram da versão contada por ela de que ele havia tirado a própria vida. A mulher relatou que homens armados cheiraram as mãos dela em busca de resquícios de pólvora.
Professor foi encontrado com um tiro na cabeça na noite de domingo (1º), na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. À polícia, a mulher afirmou que estava com o bandido no momento do disparo em um imóvel, na localidade conhecida como “Área 5″.
Aos investigadores, ela disse ter sido chamada pelo traficante para uma conversa. Os dois mantiveram um caso extraconjugal durante quatro anos, e o criminoso não aceitava o fim do relacionamento. O casal tem uma filha de dois anos.
Professor teria chegado ao local marcado cerca de uma hora depois, com sinais de embriaguez. Alterado, o criminoso fez ofensas e quebrou o telefone da mulher.
Em determinado momento do bate-boca, Professor teria sentado no sofá com uma garrafa de uísque entre as pernas e uma pistola na cintura. A mulher afirmou aos policiais que ele ameaçou dar um tiro no pé dela ao ser alertado sobre o uso do revólver.
A amante disse que se ajoelhou diante do traficante e pediu para que a deixasse seguir a vida. Foi nesse momento que Professor teria sacado a pistola e disparado contra si mesmo.
Desconfiança de assassinato
A mulher saiu do imóvel e pediu ajuda para moradores e homens armados. O corpo foi levado em um carro para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Del Castilho, que fica na região.
Desconfiados da história apresentada por ela, criminosos ordenaram que a amante entregasse a arma à Polícia Civil para que fosse periciada. O caso é investigado pela DHC (Delegacia de Homicídios da Capital).
Membro da cúpula do CV
Professor era apontado como o terceiro traficante na hierarquia do Comando Vermelho, uma das maiores facções do país. Ele era investigado por abastecer a quadrilha com armas, munições e drogas.
Segundo o Portal dos Procurados, Fhillip da Silva Gregório estava foragido há seis anos, após receber um indulto e não retornar à prisão. Ao todo, Professor reunia 65 anotações criminais.
*Sob supervisão de Bruna Oliveira
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