Homem teve prisão preventiva decretada nesta segunda-feira, 5, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS)
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Redação Terra
5 mai
2025
– 17h14
(atualizado às 18h33)

Show de Lady Gaga na noite de sábado, 3, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão
Um homem foi preso suspeito de envolvimento no suposto plano de ataque a bomba no show da cantora Lady Gaga. A prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) nesta segunda-feira, 5. No sábado, 3, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu impedir o atentado durante a apresentação, que reuniu 2,1 milhões de pessoas na Praia de Copacabana.
O suspeito já tinha sido preso em flagrante por porte de arma no dia do show, mas foi liberado ao pagar fiança. No entanto, não compareceu à audiência de custódia.
Responsável pelo pedido de prisão preventiva, a juíza Fabiana Pagel considerou a medida necessária, mesmo sem evidências de que o homem carregava material explosivo. A magistrada levou em consideração que o suspeito estava de posse de três armas de fogo enquanto é investigado por atos de terrorismo, atentado e discurso de ódio.
Agora, ele deverá passar por audiência de custódia. Já a investigação do suposto atentado está sob responsabilidade da Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro.

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Foto: Reprodução/Getty Images
Operação ‘Fake Monster’
Após o show, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil surpreendeu ao revelar que havia um atentado a bomba planejado para o evento.
As autoridades identificaram suspeitos que recrutavam virtualmente, incluindo menores de idade, para promover ataques com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. O grupo disseminava discursos de ódio e preparava um plano, principalmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
Tratado como um ‘desafio coletivo’, o objetivo do bando era ganhar destaque nas redes sociais. Um homem, líder do grupo, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul, e um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio.
O esquema foi descoberto pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte), que passou a investigar o caso em parceria com a Ciberlab da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e do Ministério Público de São Paulo.

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Foto: Reprodução/Getty Images
A operação foi batizada de Fake Monster, em referência ao nome usado para se referir aos fãs de Lady Gaga — little monsters. Na ação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão contra nove pessoas em 4 municípios do RJ: Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé.
A Polícia Civil também entrou em ação nas cidades de Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso.