A área VIP do megashow de Lady Gaga estava começando a encher de little monsters quando um forte grito foi ouvido. Eram os amigos Yago Argolo, servidor público de 32 anos, e Karina Marchi, publicitária de 34. Eles não conseguiram conter a emoção ao chegar tão perto do palco. Yago foi um dos vencedores do quiz organizado por fã-clubes de Gaga, mais conhecido como “Enem da Gaga”.
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— A Gaga é a minha vida. Fui em 2012 no show dela aqui no Rio e estou esperando desde então. Sei mais sobre ela do que sei sobre a minha irmã. Sei todas as músicas. Sei a cor da calcinha que ela usa. Sei tudo — afirmou Yago, eufórico, entre uma lágrima e outra.
Yago veste neste sábado uma camisa do álbum “Born this way”, da música homônima que se tornou símbolo de autoaceitação da comunidade LBGBTQIAP+. No calor da emoção, prestes a rever a diva 13 anos depois, ele tentou explicar a relação que tem com ela.
— É mais que uma artista pop. É sobre impacto cultural e capacidade de mudar a vida das pessoas. Acho que ela é a última grande popstar. Ela mudou a minha vida. Estou com essa camisa porque em “Born this way” eu estava me descobrindo gay. Sei que 400 milhões de pessoas tem essa mesma experiência, mas sinto que tenho uma relação pessoal com ela. Sinto que a conheço pessoalmente — disse.
Para Karina, que veio como acompanhante do amigo, esse vai ser o primeiro show de Gaga da sua vida.
— Não estou acreditando. Minha expectativa é que minha maquiagem saia toda, porque vou chorar horrores — afirmou Karina.
