Marcas de sangue foram encontradas no carro do empresário Adalberto Amarillo Júnior, encontrado morto em um buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. O corpo foi achado na última terça-feira (3), quatro dias após o desaparecimento, segundo as informações do g1.
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O carro de Adalberto passou por uma perícia nesta semana, e peritos do Instituto de Criminalística detectaram uma quantidade considerável de sangue em pelo menos quatro pontos do veículo: ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do passageiro e no banco de trás.
Os primeiros testes identificaram que o sangue é humano, mas ainda não se sabe de quem — a Polícia Civil solicitou um exame de confronto genético para saber se o material biológico é de Adalberto.
Desaparecimento do empresário
Adalberto desapareceu no dia 30 de maio após um evento no Autódromo de Interlagos. Câmeras de segurança mostram ele chegando sozinho ao local, por volta de 12h30min. À noite, o empresário se encontrou com amigo, e às 20h30min enviou uma mensagem à esposa. Depois disso, ele não foi mais visto.
Um amigo de Adalberto disse em depoimento à polícia que o empresário consumiu cerveja e maconha durante o evento. Ao se despedirem, Adalberto disse que voltaria ao carro, mas não há imagens do empresário se deslocando até o estacionamento.
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Causa da morte
O Instituto Médico Legal (IML) realizou exames que não identificaram fraturas ou sinais de trauma no corpo de Adalberto. De acordo com o IML, a causa da morte foi compressão torácica, ou seja, possivelmente asfixia, por falta de espaço para respirar dentro do buraco.
A polícia trabalha com a hipótese de ato criminoso. Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, afirma que Adalberto foi colocado no buraco já desacordado.
De acordo com Ricardo Lopes Ortega, diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Técnica-Científica de São Paulo, o empresário pode ter sofrido compressão torácica e asfixia:
— Ele foi encontrado dentro de uma escavação de engenharia, a uma profundidade de três metros por um diâmetro de aproximadamente 80 centímetros. Foram empregadas todas as tecnologias que a gente tem. Foi usado drone, scanner 3D, que é um processo que a gente imortaliza tridimensionalmente a cena do crime.
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