Uma infestação que acaba com o pasto e deixa os animais sem comida. As lagartas destroem áreas gigantescas em curto tempo, o que traz dor de cabeça para o pecuarista. Em uma fazenda, em Brasil Novo, interior do Pará, o produtor rural mostrou que com a volta das chuvas após o período de estiagem prolongada, a praga tem dominado fazendas na região.
“Já tem uns vinte dias sofrendo com isso aí. O momento que é pra ter o pasto em abundância é quando a praga mais ataca que é quando a chuva começa.”, disse Rodrigo Belique, pecuarista.
Esses insetos, atraídos pela umidade e pela renovação do capim, representam uma ameaça para a produtividade dos rebanhos. Em fazendas como a Sayonara, conhecida como uma das melhores do Pará pela qualidade do gado ofertado no quesito melhoramento genético, o criador agiu rápido para impedir que as lagartas interfiram no ganho de peso animal.
O Momento Agro é um oferecimento de Amigos do Campo, – Produzindo novas histórias. Sicredi – Não é só dinheiro. É ter com quem contar, e Intergrãos – Insumos e produtos agropecuários. Afonso é engenheiro-agrônomo e explicou que os pecuaristas precisam fazer a identificação precoce da praga no pasto.
“A parte branca significa que a lagarta está presente, porém está no estágio inicial que é o mais fácil de controlar. Se você deixar chegar no estágio agressivo que é quando ela come a forragem, vai prejudicar o manejo, pois vai precisar de duas ou mais aplicações para o controle.”, explicou Afonso Henrique.
Ele também recomendou o combate através de pulverização via drones. De maneira eficiente em curto espaço de tempo, eles trabalham em áreas infestadas garantindo que o criador ganhe a batalha contra a praga. Algumas espécies de lagartas são as mais comuns na região, como a lagarta-do-cartucho e a curuquerê dos capinzais. Algumas delas podem consumir até 90% do total de alimento que irá ingerir durante toda a vida nos últimos dois estágios larvais. Os inseticidas vão exterminar os insetos.
“Aqui também era uma área infestada e há 15 dias fizemos o controle.”, falou Rodrigo.
Na lista das recomendações, continuam o controle biológico e a Diversificação de Espécies de Capim: A introdução de gramíneas mais resistentes às pragas pode diminuir a vulnerabilidade das pastagens.
