O Rio Grande do Sul tem o maior percentual de praticantes de religiões de matriz africana entre os Estados brasileiros, segundo dados sobre religião do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).
Os seguidores destas fés formam 3,2% da população do Estado — mais de 306 mil pessoas. O grupo inclui praticantes de umbanda, candomblé e vertentes regionais, como o batuque.
O percentual registrado no Estado é superior ao que foi contabilizado no país, que tem 1% da população adepta das religiões de matriz africana.
No levantamento anterior, de 2010, o Rio Grande do Sul já figurava com a maior proporção de praticantes de religiões de matriz africana do Brasil, com 1,47% de sua população, também acima do dado nacional daquele ano, de 0,3%.
Outras cidades gaúchas
Porto Alegre é a terceira cidade com o maior número de praticantes de religiões de matriz africana do país: mais de 75 mil pessoas.
Em números absolutos, a capital gaúcha só fica atrás de São Paulo, com cerca de 233 mil, e Rio de Janeiro, com aproximadamente 196 mil. Em quarto lugar, depois de Porto Alegre, aparece Salvador, que tem quase 60 mil umbandistas e candomblecistas.
No ranking das 15 cidades brasileiras com maior número de adeptos das religiões de matriz african,a figuram outros quatro municípios gaúchos, além de Porto Alegre: Pelotas, Viamão, Canoas e Rio Grande.
Conforme levantamento do Conselho do Povo de Terreiro do Estado do Rio Grande do Sul (CPTERGS), o Estado tem aproximadamente 65 mil centros de matriz africana, que estão espalhados por todas as regiões.