Após a derrota por 2 a 1 para o Athletico-PR, de virada, na Ligga Arena, o técnico interino do Clube do Remo, Flávio Garcia, comentou o desempenho da equipe azulina.
Apesar do gol marcado com menos de um minuto de jogo, o Leão acabou cedendo a virada nos acréscimos do segundo tempo e voltou a Belém com o alerta ligado tanto no aspecto físico quanto no tático.
“O gol com 50 segundos foi uma jogada que a gente treinou durante a semana. Naturalmente, a situação do Athletico ia forçá-los a tentar buscar mais o jogo, e a gente cometeu alguns erros coletivos”, destacou após a partida.
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Flávio Garcia explicou que precisou ajustar o sistema tático ainda no primeiro tempo para tentar conter a pressão do adversário, que testava Marcelo Rangel de todas as maneiras no duelo.
“No decorrer da partida, tentamos mudar a formação: saímos da linha de cinco, adiantamos o Caio, e isso deu mais equilíbrio para a equipe. Passamos a sofrer um pouco menos no final do primeiro tempo”, pontuou.
As substituições forçadas por lesão também atrapalharam o planejamento da comissão técnica: Klaus sentiu a posterior da coxa, Caio Vinícius voltou a sentir o desconforto na panturrilha, Régis sentiu a coxa esquerda e Marcelo Rangel o ombro direito. Mesmo com todos os problemas, o Remo teve oportunidades de matar o jogo, segundo o Flávio Garcia.
“Infelizmente, tive que fazer trocas por necessidade. Senti que ainda faltava um pouco de pressão na bola, principalmente no setor de ataque. No fim, tivemos até duas ou três chances em que poderíamos ter feito o segundo gol, com Davó, Janderson e Pedro Rocha, mas infelizmente não conseguimos marcar. Era natural o Athletico vir mais para cima, então acho que a equipe se comportou bem, principalmente no primeiro tempo e durante boa parte do segundo, no um contra um. Enfim, são coisas do futebol. Ganhamos assim na rodada passada, e agora”, ressaltou.
O treinador ainda destacou um problema recorrente: a dificuldade da equipe em manter a posse de bola, especialmente quando estava em vantagem no placar.
“Faltou um pouco de paciência, principalmente quando estávamos vencendo. Estávamos tentando forçar muito o passe, algo que conversei com eles no intervalo. A gente forçava o passe e entregava a bola para o Athletico. Não circulamos a bola como havíamos planejado. E, quando você entrega a bola para um time de qualidade como o Athletico, ele acaba te empurrando para trás, como aconteceu. Erramos muitos passes no primeiro tempo e, infelizmente, tomamos o gol no final, mesmo estando com superioridade na área”, finalizou.
Agora, o foco da equipe se volta para o clássico Re-Pa, no próximo sábado (21), no Mangueirão. Nas próximas horas, o Filho da Glória e do Triunfo deve anunciar o técnico António Oliveira, ex-Sport Recife, Corinthians e Cuiabá, para assumir a equipe.