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PT busca conter desgaste e distribui cartilha a deputados para rebater vídeo de Nikolas sobre fraudes no INSS

A liderança do PT na Câmara distribuiu aos deputados um documento com uma série de argumentos para rebater o vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no qual ele acusa o governo Lula de não ter tomado medidas para investigar os descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

Com título “Desmentido Nikolas Ferreira – INSS”, o documento de 30 páginas traz o roteiro completo das falas do deputado, contrapondo ponto a ponto o que o parlamentar diz e sugerindo argumentos para os deputados petistas fazerem a disputa de narrativa com a oposição.

A estratégia está alinhada com o entendimento do Palácio do Planalto, cuja avaliação é que, se o ataque partiu de um deputado da oposição, deve ser enfrentado por parlamentares da base. O governo observa os desdobramentos e, por ora, acredita que não é o caso de uma resposta institucional via Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

Após o trecho em que Nikolas afirma que a atual gestão vai culpar a administração de Jair Bolsonaro, o documento cita que “a maioria dos envolvidos no escândalo eram servidores nomeados na gestão de Bolsonaro” e mostra quatro nomes que trabalhavam no governo passado.

—É claro, vão espalhar a narrativa de que tudo começou no governo anterior e já percebeu que no governo passado tudo era culpa só do presidente e nesse governo nada é culpa do presidente? — diz Nikolas no vídeo.

A cartilha também orienta os parlamentares a questionarem em público e nas redes o fato de a Polícia Federal não ter sido acionada no governo passado para investigar. O documento traz “personagens-chave” da fraude e seus vínculos com o bolsonarista e levanta conexões do caso com ex-ministros de Bolsonaro.

Em paralelo, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais afirmar que a fraude começou na gestão de Jair Bolsonaro e que o momento exige a verdade, “não mentiras oportunistas de quem não investigou nada”.

No vídeo de mais de seis minutos publicado na terça-feira nas redes sociais, Nikolas aparece de camisa preta e calça jeans e tenta repetir o método utilizado no vídeo viral sobre as mudanças no Pix, que alcançou 330 milhões de visualizações no Instagram. O novo vídeo já tem quase 90 milhões de visualizações, segundo a plataforma. O deputado disse que o caso é o “maior escândalo da História do Brasil” e defendeu o ex-presidente.

No X, Gleisi afirma que vai “desmascarar as mentiras que a oposição bolsonarista está espalhando nas redes”.

“Foi no governo Bolsonaro que quadrilhas criaram entidades-fantasmas para roubar os aposentados, sem que nada fosse feito para investigá-las ou coibir sua ação no INSS. A maior parte das associações investigadas passou a atuar no governo Bolsonaro”, disse.

A ministra ainda diz que “nem a Secretaria da Previdência nem o Ministério do Trabalho e Previdência e o INSS do governo de Bolsonaro cumpriram a Medida Provisória de 2019 que exigia autorização individual para os descontos”.

Em 2019, Bolsonaro editou uma MP determinando a revisão anual desses descontos. O Congresso mudou a regra e estabeleceu uma análise a cada três anos (podendo chegar a quatro). Depois, o Congresso acabou com essa análise periódica.

“O momento exige medidas sérias e mudanças profundas, como o governo está fazendo. Exige a busca da verdade, não as mentiras oportunistas de quem não investigou nada e nunca se preocupou em proteger os aposentados”, completou a ministra.

Os descontos no INSS existem desde a década de 1990. Dados da Controladoria-Geral da União (CGU) mostram que os descontos giravam em torno de R$ 400 milhões até R$ 550 milhões por ano entre 2016 e 2021. Em 2022, subiram para R$ 706 milhões. Passaram para R$ 1,3 bilhão em 2023 até chegarem ao pico de R$ 2,6 bilhões no ano passado, segundo a CGU.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram no fim de abril uma megaoperação para combater descontos não autorizados em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. O chefe do órgão, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão judicial e depois demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A operação, que envolveu centenas de policiais e auditores, foi autorizada pela Justiça do Distrito Federal para combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. As investigações apontam que a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual porcentagem foi feita de forma ilegal.

As investigações apontaram que havia descontos sobre valores pagos mensalmente pelo INSS como se os beneficiários tivessem se tornado membros de associações de aposentados, quando, na verdade, não haviam se associado nem autorizado os descontos.

Após a operação, o governo suspendeu todos os acordos que previam desconto nas aposentadorias.

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