Em uma área que fica a poucos quilômetros da área urbana de Altamira, sudoeste do Pará, fica localizada a chácara do professor Thiago, Doutor em Agronomia da Universidade Federal do Pará. Nela pesquisas vem sido desenvolvidas que prometem melhorar a produção de várias culturas, uma delas é a pimenta-do-reino que tem dois anos de execução.
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Na chácara o plantio é feito de forma consorciada com a gliricídia, originária da América Central, uma leguminosa que melhora a fertilidade do solo e fixa nitrogênio, essencial para o desenvolvimento do pimental.
”A gliricídia por ser uma leguminosa ajuda na adubação nitrogenada, ela faz fixação biológica e isso acaba reduzindo os custos com adubo, então esse tutor tá se mostrando bem viável, fazendo com que esse cultivo tenha um custo menor”, explica Thiago
Historicamente, o cultivo da pimenta, que é um tempero muito utilizado na culinária paraense, se perdeu por conta da incidência de pragas e doenças nos municípios do eixo Transamazônica e Xingu, sudoeste paraense. A principal é fusariose.
”É uma planta que teve o seu crescimento inicial, teve suas podas feitas, mas com o passar do tempo ela desenvolveu a doença fusariosa. Ela começa a ter o amarelecimento das folhas, principalmente algumas pintinhas na folha e o secamento dos ramos, principalmente dos mais baixos. Então essa é uma doença que contamina o xilema e acaba impedindo que a água seja transportada pra parte superior, levando a planta a senescência”, ressalta o professor.
No experimento são mais de 300 pés de pimenta-do-reino, a pesquisa testa sete cultivares para saber qual terá o melhor resultado para o clima da região.
A pesquisa reforça a atuação da universidade com Pesquisa, Ensino e Extensão, preparando os acadêmicos do curso de Engenharia Agronômica para atuação no mercado.