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Políticos brasileiros tentam sair de Israel em meio a conflito com Irã

Autoridades brasileiras que participam de missão oficial em Israel enfrentaram momentos de tensão na madrugada desta sexta-feira (13) após o início de um confronto direto entre Israel e Irã. O grupo de 16 brasileiros, que inclui prefeitos, vereadores e secretários de diversas cidades brasileiras, está no país a convite da Embaixada de Israel no Brasil para participar de encontros sobre segurança, inovação e desenvolvimento urbano.

Em relato à Gazeta do Povo, o vereador carioca Flávio Valle (PSD) descreveu o clima de apreensão: “A gente ouviu a sirene sendo disparada e fomos diretamente ao bunker. Israel fez esse acionamento de forma preventiva para indicar que estava atacando o Irã, e o Irã respondeu com o envio de 100 mísseis para cá. Precisamos ir ao bunker pelo menos duas vezes durante a madrugada”.

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Segundo ele, todos os projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa aérea israelense, o que evitou danos significativos. No entanto, o governo israelense suspendeu eventos públicos e aulas em todo o país. A tradicional Parada Gay de Tel Aviv, por exemplo, foi cancelada por segurança.

A missão oficial brasileira em Israel tem como objetivo conhecer tecnologias aplicadas à segurança pública, resiliência comunitária e ordenamento territorial. A comitiva está participando da Expo Muni Israel 2025, organizada pela Federação de Municípios de Israel, e realiza visitas técnicas a centros de comando, sistemas de monitoramento e projetos de segurança urbana em cidades como Haifa, Kfar Saba e Rishon Letzion.

Valle relatou ainda que, mesmo diante da tensão, a delegação brasileira se mantém tranquila e em segurança. “O espaço aéreo está fechado, então mesmo que quiséssemos sair, estamos impossibilitados no momento. Mas seguimos aguardando uma posição das embaixadas israelense e brasileira para entender se a programação será mantida ou se um avião da Força Aérea Brasileira será enviado para nos buscar”, afirmou.

No vídeo, enviado à Gazeta do Povo e autorizado para divulgação, o vereador descreveu como é o bunker de um hotel, onde os brasileiros permaneceram por alguns minutos em Israel. Segundo Valle, o espaço é preparado para receber as pessoas durante um bombardeio, mas não é para dormir ou fazer longas refeições.

“O local é temporário. Então, quando as sirenes tocam, as pessoas veem pra cá. No nosso caso, a gente ficou dois períodos de 10 minutos, mas esse período pode chegar até uma hora, ou duas horas, mas 90% das vezes é 10 minutos e depois está apto para sair”, disse.

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Espaço aéreo fechado e tensão

Como parte da comitiva brasileira em Israel, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP-PE), relatou pela rede social que o espaço aéreo israelense foi fechado e que a delegação brasileira está em contato com a embaixada para tentar viabilizar o retorno ao Brasil.

“Estamos no aguardo, o espaço aéreo está fechado, já tivemos contato com a embaixada sobre a possibilidade de antecipar o retorno, mas vamos ver como isso é possível. O presidente Hugo Motta tem nos dado apoio, tem falado com o Itamaraty”, afirmou o prefeito.

Lucena ainda relatou o momento de tensão durante as sirenes e informou que está em um “alojamento da viagem, em um campus universitário”. “Tem um abrigo aqui e já fomos duas vezes para o abrigo por ter tocado a sirene de aviso”, complementou o prefeito.

A Gazeta do Povo entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para saber sobre os trâmites e retorno da comitiva brasileira, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto para atualização.

Após os ataques, o governo de Israel determinou o fechamento do espaço aéreo por tempo indeterminado, segundo o Ministério dos Transportes do país, o que dificulta a saída da comitiva brasileira.

Veja os integrantes da delegação brasileira em Israel:

  • Álvaro Damião Vieira da Paz – Prefeito de Belo Horizonte (MG)
  • Cícero de Lucena Filho – Prefeito de João Pessoa (PB)
  • Welberth Porto de Rezende – Prefeito de Macaé (RJ)
  • Johnny Maycon – Prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  • Janete Aparecida Silva Oliveira – Vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  • Maryanne Terezinha Mattos – Vice-prefeita de Florianópolis (SC)
  • Claudia da Silva Lira – Vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Vanderlei Pelizer Pereira – Vice-prefeito de Uberlândia (MG)
  • Dilermando Garcia Ribeiro Júnior – Secretário de Desenvolvimento de Aracaju (SE)
  • Márcio Lobato Rodrigues – Secretário de Segurança de BH (MG)
  • Gilson Chagas e Silva Filho – Secretário de Segurança de Niterói (RJ)
  • Alexandre Augusto Aragon – Secretário de Segurança de Porto Alegre (RS)
  • Francisco Vagner Gutemberg de Araújo – Secretário de Planejamento de Natal (RN)
  • Paulo Rogério Rigo – Secretário de Proteção Civil de Joinville (SC)
  • Verônica Pereira Pires – Secretária de Inovação de São Luís (MA)
  • Francisco Nélio Aguiar da Silva – Presidente da FAMEP e secretário regional no Pará

Até o momento, não há previsão oficial de retorno do grupo ao Brasil, mas a situação está sendo monitorada pelas autoridades diplomáticas brasileiras e israelenses.

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