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PGR pede prisão preventiva de Carla Zambelli, que deixou o Brasil

Zambelli disse que pretende ir para a Europa

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela anunciou nesta terça-feira (3) que deixou o Brasil, está passando por um tratamento médico no Exterior e pedirá licença do cargo.

Cabe ao STF analisar o pedido da PGR. A representação foi enviada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. O documento é físico e está em sigilo.

A deputada responde a dois processos no STF. Em um deles, Zambelli foi condenada por unanimidade pela Corte em maio a 10 anos de prisão, além da perda do cargo na Câmara dos Deputados, pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em outro, responde por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

“Voltar a ser a Carla que eu era antes”

Em entrevista ao vivo a um canal no YouTube, na manhã desta terça-feira, Carla Zambelli anunciou que deixou o Brasil há alguns dias e que vai pedir licença não remunerada de seu mandato na Câmara dos Deputados. 

A princípio ela disse que saiu Brasil para buscar tratamento médico. À CNN, a parlamentar disse que tem “questões de saúde conectadas com à síndrome de Ehlers-Danlos“.

Entretanto, afirmou que vai morar na Europa, onde diz ter cidadania, para poder atuar pelo fortalecimento da direita nos países da região e para denunciar o STF junto à comunidade internacional, assim como fez o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Ela disse que vai “resistir, voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”.

— Lá (na Europa) a gente precisa de alguém que fale espanhol para conversar na Espanha, português para falar em Portugal, inglês para conversar com a Inglaterra. Eu tenho um italiano ainda não tão bom, mas vou desenvolver meu italiano. Quero estar nos principais lugares, falar com o povo francês. Em cada lugar temos pessoas que podem lutar por nós — afirmou a deputada.

Ações antes de viagem

Zambelli delegou a administração de suas páginas nas redes sociais à mãe, Rita Zambelli. Antes de viajar, ela também emancipou o filho de 17 anos para que ele possa se candidatar nas eleições do ano que vem e herdar o seu espólio eleitoral.

O advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada após a informação vir a público. Ele afirmou que abandonou o caso por “motivo de foro íntimo”.

“Eu fui apenas comunicado pela deputada que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde. Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da deputada, como já lhe comuniquei”, informou em nota o advogado.

Quem é o suplente de Carla Zambelli

Caso Zambelli a licença parlamentar não remunerada por tempo indeterminado anunciada pela deputada exceda o prazo de 120 dias, ela será substituída na Câmara dos Deputados pelo ex-parlamentar Coronel Tadeu (PL-SP).

Tadeu, coronel da Polícia Militar de São Paulo, foi deputado entre 2018 e 2022 e acabou não conseguindo os votos necessários para renovar o mandato. Ele é suplente do PL no Estado.

Durante o mandato na Câmara, Tadeu atuou como defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi à tribuna do plenário da Casa discursar contra o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vencedores da disputa ao Palácio do Planalto naquele ano.

Em 2019, Tadeu rasgou um cartaz em uma exposição sobre o racismo na Câmara na véspera do Dia da Consciência Negra. 

Ele arrancou da parede, rasgou e pisou em uma imagem do cartunista Carlos Latuff, em que aparecia um policial, com uma arma fumegante na mão, e um rapaz negro estendido no chão, algemado e com a camisa do Brasil. No cartaz, lia-se a frase “o genocídio da população negra”.

Em entrevista ao Estadão naquele ano, disse “não se arrepender” do feito. 

— Quem foi atacada foi a Polícia Militar — afirmou.

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