A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o Brasil após ser condenada pela Corte a dez anos de prisão. O Globo apurou que o pedido de prisão preventiva deve ser apresentado ao Supremo ainda nesta terça-feira. Após a manifestação da PGR, caberá ao STF decidir sobre a prisão.
Zambelli afirmou, em entrevista à Rádio Auriverde, que deixou o Brasil e está na Europa nesta terça-feira. Segundo a parlamentar, sua saída do país ocorreu inicialmente para tratar um problema de saúde. No entanto, ela também alegou estar sendo alvo de “perseguição judicial” após a condenação.
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O advogado de Zambelli, Daniel Bialski, confirmou que foi informado sobre a viagem e afirmou que ela deixou o país “para dar continuidade a um tratamento de saúde”.
Apesar de ter tido o passaporte apreendido em 2023, o documento foi posteriormente devolvido pelo STF.
Zambelli deixou o país antes da conclusão do julgamento de todos os recursos contra sua condenação, que pode resultar em prisão e na perda do mandato parlamentar. A sentença foi motivada por seu envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram responsáveis por elaborar e inserir diversos documentos falsos no sistema do CNJ. Entre eles, um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, redigido como se tivesse sido assinado pelo próprio magistrado. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.