Cid, que fechou um acordo de colaboração premiada, foi convocado a prestar depoimento nesta sexta-feira (13). Um mandado de prisão chegou a ser expedido contra ele, mas foi revogado antes de ser cumprido. Ele é réu na ação penal sobre tentativa de golpe de Estado e nessa semana prestou depoimento no STF.
Além da mulher e de uma das filhas do militar, também foram para os EUA os pais dele. Não há nenhuma proibição legal de que a família dele viaje, mas as movimentações foram consideradas suspeitas pelos investigadores, que acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Mais cedo, o ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso pela PF sob suspeita de que teria tentado ajudar, em maio, a emitir um passaporte português para que Cid deixasse o Brasil.
Na terça-feira a PGR pediu ao Supremo a abertura de um inquérito para investigar Machado e para que ele tivesse a quebra do sigilo telefônico e telemático. O processo tramita em segredo de Justiça. O caso é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Por ter fechado acordo de delação em 2023, Cid é figura central na ação sobre a trama golpista que atuou para manter Bolsonaro na Presidência. Os dois integram o “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe, apontado como líderes da empreitada.
Entre os benefícios da delação de Cid, estava imunidade aos seus familiares. O pai do tenente-coronel era investigado no caso das joias e a mulher e a filha, no da falsificação dos certificados de vacinação da covid-19.