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Para oposição, pesquisa Genial/Quaest mostra influência de Bolsonaro em xeque para 2026 | Política

A pesquisa Genial/Quaest demonstrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu de vez o favoritismo para a eleição de 2026 e poderá enfrentar adversários competitivos, avaliam articuladores de candidaturas de oposição ouvidos pelo Valor. Para interlocutores dos cinco governadores testados na sondagem, os resultados mostram que a influência de Jair Bolsonaro (PL) sobre o campo da direita passou a ser relativizada. Aliados do ex-presidente, no entanto, ressaltam que ele empatou com Lula, mesmo estando inelegível. E, se continuar impedido, ainda conseguiria transferir votos para os nomes da família que são cotados para concorrer.

Diante da impressão no universo político, a preço de hoje, de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deverá sair da lista de presidenciáveis e tentar a reeleição, o nome do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), ganhou relevância como opção capaz de atrair parte da direita e do centrão. Tarcísio (40%) foi o que mais se aproximou numericamente de Lula (41%). Há a hipótese de que uma parcela dos entrevistados possa ter confundido o governador paranaense (38%) com seu pai, o apresentador de TV Ratinho, mas o entorno do político não vê a questão como um problema, por considerar que o pai é seu apoiador.

Sempre com a ressalva de que o quadro final ainda é incerto, lideranças partidárias e estrategistas passam a considerar cada vez mais provável um cenário com uma ou mais candidaturas da chamada “direita moderada” e outra com o sobrenome Bolsonaro. A pesquisa, dizem envolvidos nas costuras, trouxe otimismo e mostrou que outros nomes têm viabilidade, caso optem por não embarcar no projeto familiar do ex-presidente. A ex-primeira-dama Michelle (39%) apareceu na pesquisa com vantagem sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (34%), ambos do PL. Contra eles, Lula marca, respectivamente, 43% e 44%.

Sob reserva, o dirigente de uma sigla de direita diz que “o avanço dos governadores pode desorganizar o jogo sob a lógica de que controle do Bolsonaro sobre esse campo, o que vai acabar pulverizando as candidaturas”. Embora numericamente atrás, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), com 36%; de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 33%; e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 33%, também se provaram combativos, de acordo com simpatizantes. O desempenho empolgou as alas que pregam um descolamento de Bolsonaro, visto como símbolo de uma radicalidade que parte do eleitorado indica repelir.

Assessores de Zema e Caiado destacaram a tendência de crescimento deles, na série histórica da Quaest. Como ambos estão no fim do segundo mandato e não podem concorrer à reeleição nos respectivos Estados (mesmo caso de Ratinho Junior e Leite), consolida-se a leitura de que eles não teriam nada a perder indo para uma disputa nacional, ampliando a quantidade de opções para o eleitor. No caso do goiano, que se antecipou aos demais e foi o primeiro a lançar oficialmente pré-candidatura, a dúvida é sobre a disposição do União Brasil, agora federado com o PP, em efetivamente confirmá-lo como presidenciável.

Para o publicitário Renato Pereira, que trabalha na pré-campanha de Zema, os governadores têm um diferencial na disputa contra Michelle ou Eduardo: a experiência de gestão no Executivo e o trânsito político. “Zema tem algo que nenhum outro tem: ter recebido um Estado arruinado pelo PT e ter colocado a casa em ordem. Se foi possível fazer em Minas, é possível fazer no Brasil”, diz o marqueteiro. O desafio das lideranças locais continua sendo aumentar a taxa de conhecimento em outras regiões. Segundo o levantamento, eles têm conseguido elevar o índice, paulatinamente, desde janeiro. A tendência de intenção de voto em Tarcísio, Ratinho, Zema e Caiado também é ascendente.

Capital eleitoral de Bolsonaro

No núcleo duro do bolsonarismo, que trabalha com a expectativa de reversão da inelegibilidade de Bolsonaro — algo que, admitem nos bastidores, permanece improvável —, a avaliação é que a pesquisa mostra a persistência do capital eleitoral do ex-presidente. Ele é o único que empata numericamente com Lula, com 41%. Outro ponto destacado é sua capacidade de transferir votos, dado que Michelle e Eduardo tiveram desempenho satisfatório e ainda poderiam crescer mais, até o momento em que um dos dois fosse escolhido para receber o “bastão” do ex-mandatário.

Entretanto, o cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, aponta dificuldades para Eduardo Bolsonaro. Em publicação na rede social X, o responsável pela pesquisa afirmou que o deputado “é o único nome que não parece ganhar tração ao longo dos meses, nem se mostrar competitivo diante de Lula”. As intenções de voto, num eventual confronto entre os dois, não se alteraram nos últimos cinco meses, e o presidente mantém uma vantagem de 10 pontos sobre o rival (44% a 34%).

O consenso na oposição a Lula é que a força eleitoral do petista está em declínio. “As pessoas atualmente, em todas as pesquisas feitas país afora, são só decepção com o que o Lula se tornou”, diz ao Valor o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI). “Hoje, o Lula não pode mais ser chamado de Lula. Ou ele é ‘lu’ ou é ‘la’. Porque hoje ele é metade do que já foi, em termos de popularidade. Isso nos dá a certeza de que, seja quem for concorrer contra ele em 2026, só vai enfrentar metade do Lula”, afirma.

Segundo Nunes, da Quaest, a pesquisa mostrou que, pela primeira vez, a rejeição ao governo está se transformando em aversão eleitoral a Lula. A crise de popularidade está “alavancando candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro”, e “todos aparecem crescendo ou já empatados, na margem de erro, com Lula”. Ele disse ainda que a elevação das taxas de conhecimento explica a chegada dos nomes da oposição ao atual “patamar de competitividade”.

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