Após o bate-boca entre deputados de oposição e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, parlamentares do PL utilizaram cartazes para criticar o governo. A manifestação, porém, descumpre o regimento iterno que desde fevereiro proíbe o uso de cartazes, banners e panfletos no plenário. A norma foi criada pelo presidente Hugo Motta, após tumultos envolvendo denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e a violação pode levar a processo disciplinar por quebra de decoro.
Durante a sessão desta quarta, os deputados discutiam um projeto que aumenta as penas para o porte de armas de uso restrito, quando a oposição, liderada pelo deputado Sóstenes Cavalcante, do PL, levou cartazes ao plenário com críticas ao pacote fiscal proposto pelo ministro.
Na tribuna, Sóstenes chamou Haddad de analógico e disse que ele não tem condições de ser ministro da economia. Em outro momento, disse que Haddad era burro após o ministro dizer que não tinham 300 milhões de pessoas que falam português no mundo. A fala foi feita em referência ao número de visualizações do vídeo divulgado pelo deputado Nikolas Ferreira. Em seguida, pediu aos colegas para repetir três vezes a frase “Deus nos livre do Taxadd” – apelido dado ao ministro por opositores. O ato acirrou ainda mais o clima político dentro da Câmara.