Search
Close this search box.
  • Home
  • Brasil
  • OPINIÃO. IOF escancara que o governo está perdido – Fabrizio Gueratto – Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro

OPINIÃO. IOF escancara que o governo está perdido – Fabrizio Gueratto – Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro

O aumento do IOF afeta diretamente empresas com operações internacionais, como importadoras e companhias com presença no exterior, que enfrentarão custos adicionais devido ao aumento nas operações de câmbio. Além disso, a medida pode ter efeitos inflacionários, pressionando ainda mais a economia e dificultando a redução da taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgaram um manifesto contrário à medida, afirmando que os custos das empresas com operações de crédito, câmbio e seguros serão elevados em R$ 19,5 bilhões em 2025. O manifesto pede que o Congresso anule o decreto, destacando que a decisão gera imprevisibilidade e aumenta os custos para produzir no país.

O aumento do IOF também impacta diretamente o consumidor. Compras internacionais e serviços pagos com cartão terão alíquota unificada de 3,5%, afetando desde viagens ao exterior até serviços de nuvem como Google Drive e iCloud. Além disso, planos de previdência do tipo VGBL com aportes acima de R$ 50 mil por mês passarão a pagar 5% de IOF, medida que visa corrigir distorções, mas que também penaliza investidores de alta renda. O governo argumenta que a medida é necessária para cumprir as metas fiscais e reforçar o arcabouço fiscal. No entanto, a forma como foi conduzida, com anúncios e recuos em curto espaço de tempo, gera insegurança jurídica e afasta investidores. A falta de diálogo com o mercado e a ausência de uma estratégia clara de longo prazo apenas reforçam a percepção de que o governo está perdido.

Em vez de buscar soluções estruturais, como a reforma tributária e a redução de gastos públicos, o governo opta por medidas paliativas que penalizam empresas e consumidores. O aumento do IOF é mais um exemplo de como decisões mal planejadas podem ter efeitos negativos em toda a economia. É hora de o governo repensar sua estratégia econômica, priorizando o diálogo com o mercado e adotando medidas que promovam o crescimento sustentável, em vez de recorrer a aumentos de impostos que apenas agravam a situação.

E agora o próprio Congresso ameaça dar um passo sem precedentes: o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o ambiente nas duas casas é de derrubada do decreto via PDL (Projeto de Decreto Legislativo), um movimento que nunca aconteceu contra um decreto presidencial desde 1999. Segundo Motta, há um esgotamento em relação a medidas arrecadatórias improvisadas, sem discussão estrutural. Já são 22 propostas de PDL apresentadas. Enquanto isso, o ministro Fernando Haddad diz que a revogação da medida do IOF nem chegou a ser cogitada na reunião com os presidentes da Câmara e do Senado. Ou seja, o governo não sabe o que faz, não ouve o mercado, não alinha com o Legislativo e tenta tapar buracos com gambiarras fiscais. É por isso que, assim como escrevi semanas atrás, não tem mais como o governo reverter a impopularidade para as eleições do ano que vem.

O que este conteúdo fez por você?

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Sabrina Sato e Nicolas visitam Preta Gil durante tratamento nos EUA: “Sendo mimada”

A cumantora, que está tratando um câncer, segue dividindo momentos da rotina e recebendo mensagens…

Ao lado das filhas, Virginia Fonseca compartilha momento de fé em evento católico

Influenciadora esteve no Totus Tuus, em Goiânia, que reuniu milhares de fiéis no Estádio Serra…

Romance de Galisteu com Ayrton Senna será retratado em documentário • DOL

Durante décadas, o nome de Ayrton Senna esteve atrelado não apenas à Fórmula 1, mas…