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Operação contra ataque em show da Lady Gaga foi mantida em sigilo para não gerar ‘nenhum problema’ para a festa, diz delegado

— Tem que se preocupar com o físico e com o virtual. Esse acompanhamento também é feito no ambiente virtual. Todo e qualquer evento que ocorre as polícias estão atentas ao que está ocorrendo no mundo virtual. É uma patrulha para garantir a segurança do evento. Foi o que ocorreu no show do Rio — disse ele, ao GLOBO.

Barreto afirmou que os suspeitos identificados, dentre eles dois detidos, são em sua maioria jovens e foram “radicalizados” por grupos na internet. As ações de planejamento eram elaboradas por uma plataforma de uma rede social e envolveriam uso de coquetéis molotov e outros explosivos artesanais. Um total de nove pessoas suspeitas de envolvimento no caso foram identificadas. Duas delas foram detidas.

— Nosso papel crucial é tentar identificar nas plataformas quem é responsável por radicalizar, principalmente jovens. Tem nos chamado a atenção a quantidade de jovens que pode ser eventualmente radicalizada e praticar desafios até para pertencer a um grupo e uma comunidade. Temos identificado essas pessoas, têm apoiado as polícias estaduais e têm resultado em operações – declarou o delegado.

O Ciberlab, grupo gerenciado pelo delegado, é vinculado à Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.

Segundo Barreto, as forças de segurança optaram por deflagrar a operação, que foi batizada de “Fake Monster”, de forma sigilosa no sábado e só a divulgaram hoje para evitar um clima de medo que pudesse estragar o evento.

— Por que decidimos não divulgar ontem? Porque ia ter um show, para evitar qualquer rumor. Como isso já tinha sido resolvido, se optou por divulgar apenas no dia seguinte, para não trazer nenhum problema para uma festa maravilhosa.

O chefe da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mario Sarrubbo, foi na mesma linha e disse que nada foi divulgado no sábado para evitar pânico.

— A operação foi muito bem sucedida porque a Polícia Civil do Rio, junto com o MJ, coordenou com vários estados. Não informamos ninguém, só hoje, até para evitar pânico – explicou Sarrubbo.

Os investigadores monitoraram os suspeitos e, em parceria com as polícias civis do Rio, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo, nove pessoas foram identificadas. As ações de planejamento eram elaboradas por uma plataforma de uma rede social e envolveriam uso de coquetéis molotov e outros explosivos artesanais.

Barreto disse ainda que, até o momento, todos os suspeitos identificados fazem parte do mesmo grupo e se conheciam entre si por meio de comunidades na internet. No entanto, a Polícia Civil do Rio apura uma postagem em que um cidadão brasileiro, desvinculado desse grupo e que diz ter sido extraditado dos Estados Unidos, também ameaçou fazer atentados no show.

— Ele publicou em uma rede social, marcou até consulados e órgãos vinculados ao governo americano — declarou Barreto.

De acordo com o delegado, o trabalho do Ciberlab de auxílio às forças de segurança já ocorreu em grandes eventos e continuará acontecendo nos próximos.

— Esse planejamento é feito em todo e qualquer grande evento.

O delegado explicou também que o planejamento dos ataques durante o show da Lady Gaga foi descoberto pelo trabalho da subsecretaria de inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que informou o caso ao Ciberlab.

— O Ciberlab obteve os elementos informativos de quem eventualmente estava participando. As empresas cooperaram quando foram solicitados os dados e, por conta disso, se identificou esse possível ataque. Em decorrência disso, a Polícia Civil do Rio representou por medidas judiciais de busca e apreensão e a operação foi deflagrada ontem.

O coordenador alertou que, em buscas e apreensões envolvendo casos do tipo, foi possível identificar que a maioria dos suspeitos também está envolvida em crimes de exploração sexual infanto-juvenil.

— É muito importante que o pai e a mãe fiquem atentos ao que o filho está fazendo na internet. Às vezes dá um computador ou um telefone e o filho ou a filha fica dez horas trancado no quarto e ele acredita que o filho está seguro, mas na verdade não está. Às vezes está muito mais exposto que se tivesse em uma balada, na rua.

Segundo a polícia, entre os alvos do ataque estariam crianças, adolescentes e o público LGTQIA+. O plano era tratado como uma espécie de desafio coletivo.

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