Adriana Fernandes acredita que só a proposta de cortar 10% dos benefícios tributários mostrará a real disposição doos parlamentares em avançar num plano mínimo para salvar as contas do governo. “Só essa proposta tem condições de cobrir o buraco no curto prazo”, pondera. Porém, para o momento, o que temos é a conclusão da sua coluna: “Haddad, Motta e Alcolumbre, sócios das medidas como alternativa à alta do IOF, fizeram o anúncio em tom histórico. Está gravado. O impasse é a cara do Brasil de hoje”.
Retórica, desculpas e entubada
O julgamento do primeiro núcleo da trama golpista, especialmente a fase de depoimento dos réus, seguiu rendendo análises no UOL e na Folha hoje (e no fim da noite de ontem). Destaco aqui três palavras usadas por Jair Bolsonaro que, por uma razão ou outra, chamam a atenção.
A primeira é o uso que o capitão faz de “retórica” como desculpa para mentira, calúnia. “Para o ex-presidente, é aquilo que o levaria a pronunciar as barbaridades mais violentamente ilegais e mentirosas quando, na verdade, suas intenções sempre foram de uma pureza de Francisco de Assis entre os passarinhos”, anota Sérgio Rodrigues. A partir daí, o escritor retoma as considerações de Aristóteles sobre o conceito e conclui de uma forma que eu acho que você deveria ler (aqui).