Alguns dos principais jornais do mundo repercutiram a morte de Sebastião Salgado, confirmada nesta sexta-feira pelo Instituto Terra, fundado por ele. O prestigiado fotógrafo e fotojornalista morreu aos 81 anos após ter problemas decorrentes da malária. As matérias relembram o legado de Salgado e a visão humana impressa em suas fotografias.
The Guardian
O jornal britânico entrevistou Sebastião Salgado em 2024, relembrando no obituário trechos da conversa enquanto contava a história de vida do fotógrafo. A matéria lembrou as viagens a mais de 130 países que realizou, onde fazia questão de registrar injustiças sociais e belezas naturais. “Por que o mundo pobre deveria ser mais feio que o mundo rico? A luz aqui é a mesma que lá. A dignidade aqui é a mesma que lá”, disse para o The Guardian em 2024. O jornal afirma ainda que Salgado morreu antes de finalizar sua obra monumental, com mais de 500.000 de magens que seriam colocadas a venda.
The New York Times
Com a promessa da publicação de um obituário em breve, o The New York Times repercutiu as informações principais acerca da morte de Sebastião Salgado, relembrando as fotos tiradas em Serra Pelada em 1986, que representam algumas das imagens mais famosas da carreira do fotógrafo. Além disso, lista os prêmios de fotografia que já recebeu, como o Prêmio Leica Oskar Barnack e diversos prêmios World Press Photo, além do reconhecimento a partir da nomeação como membro honorário da Academia de Artes e Ciências em 1992 e da Academia Francesa de Belas Artes em 2016.
BBC
O também jornal britânico relembrou a militância de Salgado em relação aos povos indígenas e a preservação das matas. Destacou o último trabalho do fotógrafo, Amazônia, um projeto em que passou sete anos documentando o cotidiano de etnias indígenas diversas que vivem no bioma brasileiro, resultando em mais de 200 fotos. A exposição atualmente está em exibição em Bruxelas, na Bélgica.
O jornal ainda traz o trabalho de reflorestamento do Instituto Terra, fundado por Salgado, por meio do qual ele e sua esposa Lélia Salgado conseguiram restaurar uma fazenda, transformando-a em uma floresta com mais de três milhões de árvores plantadas.
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