Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas prestou depoimento há pouco, no STF, como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao ministro Alexandre de Moraes e aos advogados dos réus, Freitas disse que Bolsonaro estava triste, lamentando a derrota para Lula no fim de 2022, mas não cogitou um golpe de Estado.
“O presidente sempre tentava transmitir experiência, dizer no que acertou, no que errou, preocupado para que eu tomasse as melhores decisões. Na primeira visita que eu fiz, em 15 de novembro, ele já tinha nomeado Ciro Nogueira para conduzir processo de transição. Jamais se tocou nesse assunto, se mencionou qualquer tentativa de ruptura”, disse Freitas.
Sobre o possível envolvimento de Bolsonaro com os ataques de 8 de janeiro de 2023, Freitas disse não conhecer nenhum fato que relacione o ex-presidente com os eventos: “Não tem nenhum fato que eu conheça. Ele não estava nem no Brasil”.
Freitas argumentou, no depoimento, que viajou logo após o segundo turno da eleição presidencial para os Estados Unidos, mas que, depois do período de descanso, passou a ir para Brasília organizar sua mudança para São Paulo. Nessas viagens, disse ele, encontrava Bolsonaro para conversar.
“Obviamente, em toda oportunidade de ir a Brasília encontrava com Bolsonaro. Ele estava triste, resignado. Conversávamos sobre muita coisa e esse assunto nunca veio a pauta. Único comentario era de lamentar o resultado e preocupado de que a coisa desandasse”, disse Freitas.
O governador paulista prestou depoimento como testemunha de defesa de Bolsonaro e também do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, era esperado, mas foi dispensado de depor pela defesa de Torres.