FALSO. A PEC (proposta de emenda à Constituição) do Teto de Gastos foi aprovada em 2016 e entrou em vigor no ano seguinte. Sendo assim, ela virou durante dois anos inteiros do governo Michel Temer: 2017 e 2018. Bolsonaro só tomou posse em 2019.
Eu não pude, por ocasião do horário eleitoral gratuito, usar as imagens de 7 de Setembro, usar as imagens minhas na ONU, usar imagens do outro candidato [Lula] lá na comunidade do Rio de Janeiro, usando o gorro do “CPX”. Eu não podia usar imagens do enterro da rainha Elizabeth.
IMPRECISO. Ao citar os casos, o ex-presidente não mencionou os motivos das decisões da Justiça Eleitoral, dando a impressão de que foram tomadas sem justificativa.
O TSE impediu a campanha de Bolsonaro de usar imagens de Lula com o boné com a inscrição “CPX” porque as peças o associavam ao crime organizado. Lula ganhou o acessório em ato de campanha no Complexo do Alemão, no Rio. Desinformação que circulou em seguida, disseminada por apoiadores de Bolsonaro, afirmava que a sigla teria relação com o tráfico e que Lula teria entrado na favela sem escolta ou segurança, o que é falso. “CPX” significa complexo.
Já sobre as imagens do discurso na ONU e do velório da rainha Elizabeth, o TSE entendeu que Bolsonaro utilizou da atuação como chefe de Estado para ações de campanha eleitoral. Já o 7 de Setembro foi um dos motivos da inelegibilidade do ex-presidente, pelo qual ele foi condenado por abuso de poder político e econômico pela exploração eleitoral do evento de Bicentenário da Independência.
Fui acusado inclusive de pedófilo durante esse período [eleitoral]. Agora, o outro lado [Lula] podia tudo, até me acusar de genocida. Então, tudo isso aconteceu. Quando não pude usar as imagens do Lula ali, defendendo o aborto, ou ao lado de ditadores, isso prejudicou a minha campanha.