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‘Não há indicação da periculosidade’

Bruno Krupp, preso pelo envolvimento nas agressões de um estudante na Lagoa, é ex-detento. Ele ficou oito meses em Bangu 8 por ter atropelado e matado o estudante João Gabriel Cardim Guimarães em julho de 2022. Em março de 2023, Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinou a decisão de soltura. Na ocasião, o ministro aceitou um habeas corpus protocolado pela defesa de Krupp para substituir a prisão preventiva por uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico à Justiça, suspensão do direito de dirigir e proibição de deixar o Rio sem autorização judicial.

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Na decisão, o ministro Schietti Cruz concluiu que a soltura de Krupp não apresentaria risco: “Não obstante a acentuada gravidade das consequências do fato – que resultou na morte de um adolescente –, não há indicação da periculosidade do agente a justificar a medida mais gravosa. Ressalto que se trata de delito de trânsito”.

O atropelamento de João Gabriel Cardim Guimarães, em 2022, aconteceu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, local onde a velocidade permitida era de 60 quilômetros por hora. Em depoimento à Justiça após o atropelamento, Krupp admitiu que dirigia sua moto a mais de 100 km/h.

Dois anos e dez meses após o atropelamento que levou à morte João Gabriel Cardim Guimarães, Bruno Krupp virou réu por tentativa de homicídio do estudante Pedro Jordão na saída de uma boate na Lagoa, Zona Sul do Rio. A decisão foi do juiz Pedro Ivo Martins Caruso durante audiência de custódia. Ele negou o pedido dos advogados de Krupp de revogar a prisão do modelo. A defesa alegou que indícios mínimos de autoria do crime seriam inexistentes e que a soltura não colocaria em risco à ordem pública.

Testemunhas contaram à Polícia Civil que enquanto um grupo agredia violentamente um jovem na saída de uma boate na Lagoa, o modelo Bruno Krupp incentivava o grupo a matá-lo: “Mata ele! É ‘os capetas’! Tem que matar! Mata esse filho da puta”. O relato está na denúncia do Ministério Público, aceita pela Justiça do Rio. Seis pessoas se tornaram rés, entre eles Krupp, por tentativa de homicídio por motivo torpe e meio cruel. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a 20 anos de prisão.

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Consta nas investigações que a vítima teve uma pequena briga dentro de uma boate da Zona Sul do Rio. Na saída, o estudante de Direito Pedro Rodrigues, de 25 anos, foi brutalmente espancado. Caído no chão e desacordado, foi golpeado “com 22 pisões no rosto e diversos chutes na cabeça”, enquanto parte do grupo gritava para que os agressores o matassem. Ele ficou um dia internado e quatro dias sem conseguir se mexer de tanta dor.

Uma mulher identificada como Luma Melo Rajão, namorada do líder do bando, Pedro Vasconcelos do Amaral, foi vista por testemunhas gritando: “Pega ele! Mata o gorducho”. Segundo o MP, Amaral pisou na cabeça do jovem. Antes das agressões, as pessoas falaram ao estudante que o homem era “perigoso” e que ele “não sabia com quem estava mexendo”.

Também foram denunciados Arthur Velloso Araujo, Felipe de Souza Monteiro e o colombiano Jacobo Pareja Rodriguez. As agressões foram registradas por câmeras de segurança.

João Gabriel Cardim Guimarães, adolescente atropelado e morto por Bruno Krupp na Barra em 2022, tinha 16 anos e era estudante. Após perder o filho, Mariana Cardim, sua mãe, precisou buscar ajuda médica. Presente no momento em que João Gabriel foi brutalmente atingido, ela diz ter demorado a conseguir tirar aquelas imagens da cabeça. Krupp foi acusado de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

No dia seguinte à soltura de Bruno Krupp, em março de 2023, parentes e amigos do adolescente fizeram uma manifestação em Realengo, onde ele morava. Eles contestavam a decisão do Superior Tribunal de Justiça de libertar o modelo, que deixou a prisão após oito meses. Krupp deixou a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Na época em que foi preso pela primeira vez, Krupp tinha mais de 140 mil seguidores nas redes sociais e, para milhares de internautas, tinha um rosto conhecido por ter namorado a influenciadora Sarah Poncio.

Em agosto de 2022, O GLOBO revelou que Bruno Krupp estava entre as 27 mil pessoas que receberam valores via cargos secretos da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos, Ceperj. Segundo a lista enviada pelo Bradesco ao Ministério Público, Krupp fez dois saques na boca do caixa que totalizam R$ 4.740. Os pagamentos foram alvos de investigação dos promotores e de auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Krupp também foi acusado de dar um golpe de quase meio milhão de reais no Hotel Nacional. O promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da Zona Sul e Barra da Tijuca, entendeu que havia embasamento suficiente nas investigações da Deat no caso e denunciou o influenciador digital e seu sócio, Bruno Monteiro Leite, que também virou réu. O promotor foi contrário ao pedido de prisão. A segunda denúncia aconteceu no mesmo dia que o modelo virou réu pela morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães.

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Denúncias de abuso e estupro

No fim de 2022, dezenas de mulheres denunciaram à polícia terem sido vítimas de abuso sexual por Bruno Krupp. Uma delas alegou ter sofrido estupro do então modelo. De acordo com as informações do inquérito, o crime ocorreu na casa do rapaz quando ele se recusou a usar preservativo e passou a forçar a relação sexual com a vítima. Em janeiro de 2023, a polícia pediu o arquivamento do caso.

Naquele mês, a delegada Alriam Miranda Fernandes, titular da Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM) de Niterói, as investigações foram relatadas com o pedido de arquivamento e sem indiciamento do modelo, uma vez que os supostos crimes narrados pelas vítimas seriam antigos, prejudicando o encontro por vestígios.

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