Solução da questão hoje foi solicitada por Lula, diz Haddad. Segundo o ministro, o presidente cobrou que uma definição sobre as medidas antes da viagem à França. O ajuste ganhou novas proporções após a rejeição do Congresso com a decisão da equipe econômica de elevar as alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para cumprir a meta de zerar o fiscal.
Para Haddad, as medidas de ajuste têm um alcance positivo. Haddad afirma que as discussões vão resultar na manutenção do compromisso com a meta fiscal e trazer soluções para dar uma “estabilidade duradoura” para as contas públicas. Ele afirma que o anúncio vai definir “medidas estruturais para dar conforto de médio e longo prazo”.
Ministro garantiu estar focado em cumprir o centro da meta. A afirmação envolve o cumprimento das medidas desenhadas pelo arcabouço fiscal, que prevê o déficit público zerado neste ano, mas traz uma margem de tolerância de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).
Compensação do IOF ainda depende da aprovação dos partidos. Haddad reconhece que o andamento ainda depende de deputados e senadores, mas reconhece o aval de Motta e Alcolumbre como determinante para o avanço das propostas a serem apresentadas. “Antes da remessa das medidas já há um acolhimento dos presidentes. Agora vamos negociar com as bancadas”, disse.
Reuniões com os presidentes da Câmara e do Senado foram “decisivas”. Haddad afirma que as propostas levantadas colocam ordem no que precisa ser organizado “sem prejudicar a população, respeitando os direitos e avançando na estabilidade macroeconômica”.
Haddad afirma que pacote é “robusto” e está “politicamente amparado”. Conforme o ministro, a proposta a ser apresentada traz ao menos uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) e um PL (Projeto de Lei) amplo. “Eu posso precisar também, para questões tópicas, de uma medida provisória que entre em vigor imediatamente para determinadas correções”, antecipou.