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Motta projeta pautar na terça texto que anula aumento ‘infeliz’ do IOF

Presidente da Câmara voltou a criticar elevação do imposto e ressaltou diálogo com governo

7 jun
2025
– 11h51

(atualizado às 12h01)

Resumo
O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou o aumento do IOF, classificando-o como “infeliz”, e indicou que o projeto para anular a medida será debatido após reunião com o governo no domingo, defendendo decisões estruturais para a responsabilidade fiscal do país.




Para Motta, não é justo ter feito uma reunião com o governo e tomar decisão sobre IOF antes do prazo estabelecido

Para Motta, não é justo ter feito uma reunião com o governo e tomar decisão sobre IOF antes do prazo estabelecido

Foto: Ian Rassari/Fórum Esfera / Ian Rassari/Fórum Esfera

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), voltou a classificar como “infeliz” o aumento do IOF feito pelo governo federal e afirmou que o projeto que tenta barrar a medida poderá ser votado na próxima terça-feira.

A decisão, no entanto, depende de uma reunião marcada para este domingo com o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“Tudo será deliberado depois dessa conversa. Até porque não é justo termos feito uma reunião com a equipe econômica do presidente da República, estabelecido um prazo de 10 dias para que o governo apresentasse alternativas, e agora tomarmos uma decisão antes disso”, afirmou neste sábado, 7, em evento em Guarujá (SP). “Eu acho que isso não é correto dentro da relação que foi construída”. 

Também hoje, em Paris, o presidente Lula disse que já está “tudo acertado” sobre o IOF.

“Vamos aguardar”

O deputado acrescentou que não quer que ocorram movimentos “políticos bruscos”. “Então, qualquer posição tomada antes foge do que foi combinado. Vamos aguardar o que o governo irá apresentar. Eu entendo a ansiedade de todos, mas precisamos ter muita responsabilidade, serenidade e equilíbrio, que é o que temos mantido até aqui, para evitar que uma situação já difícil seja agravada por movimentos políticos bruscos.”

Foi por isso, segundo Motta, que a Câmara decidiu chamar a atenção do próprio governo sobre o impacto negativo do aumento do IOF.

“Foi uma medida infeliz, mal recebida pela Casa”, afirmou. A partir disso, a expectativa do Congresso é que o governo aproveite a oportunidade para se ajustar e apresentar alternativas para o problema fiscal não só de 2025, mas também de 2026. “Percebemos que há uma chance de não apenas pensar no problema imediato, mas de tratar de algo mais estruturante e de longo prazo, como reformas que nunca foram enfrentadas antes”, completou.

Para o deputado, o momento exige coragem e responsabilidade do Congresso. “A situação nos obriga a refletir sobre o que vem sendo feito ao longo do tempo e sobre o que o país já não suporta mais do ponto de vista das contas públicas”, disse.

Ele defendeu a necessidade de decisões estruturais em nome da responsabilidade fiscal. “Chegou a hora de tomarmos decisões importantes para garantir que o nosso Estado tenha contas públicas mais organizadas e, com isso, possamos ter um ambiente econômico melhor e continuar cuidando de quem mais precisa. Essa é a nossa contribuição para que o Brasil possa crescer.”

Evento

Antes de falar com a imprensa, o presidente da Câmara discursou no Fórum Esfera, que reuniu especialistas, empresários e políticos. Em sua fala, ele também teceu críticas ao aumento de impostos e defendeu a necessidade de uma revisão nas isenções fiscais — tema que também deve entrar na pauta da reunião com o governo neste domingo.

“Isenções que não têm o mínimo de acompanhamento sobre retorno e a contrapartida que deve ser dada a quem as recebe. É uma conta que só aumenta e que não tem absolutamente nenhum acompanhamento”, afirmou.

Motta ainda criticou o modelo fiscal brasileiro, comparando-o a um cobertor remendado. “A cada crise, é um novo remendo no cobertor, só que esse fio está acabando. E, se nada for feito, essa costureira morre e leva o país junto”, disse.

Segundo ele, o sistema atual não resolve os problemas do presente, apenas os transfere para o futuro. “Temos um modelo fiscal que, ao invés de organizar o presente, transfere as angústias para o futuro. Isso não é apenas ineficiência, isso é injustiça. A conta, sempre ela, cai no colo do mais fraco. O brasileiro já apertou demais o cinto. Não é razoável que o Estado siga aumentando a própria barriga.”

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