“A defesa não demonstrou a existência de efetivo prejuízo no interrogatório do réu Walter Souza Braga Netto ser público. Caso aponte elementos concretos que justifiquem a decretação do sigilo do interrogatório, será realizada nova análise”, escreveu Moraes na decisão.
Os advogados alegaram que a transmissão ao vivo vai promover a “espetacularização” do processo e que “a publicidade da audiência não depende de que sejam transmitidas pela TV Justiça”.
“Não é razoável que o ato mais importante de autodefesa seja realizado sob a mira de câmeras, sabendo-se que a inquirição não será objeto apenas dos autos, mas também será alvo de escrutínio público, em tempo real”, afirmaram.
Além de Braga Netto, também são réus por tentativa de golpe de Estado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid.
O tenente-coronel, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, será o primeiro a ser interrogado porque fechou acordo de colaboração premiada. Em seguida, os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética.