Antes disso, a ministra já havia sido alvo do senador Marcos Rogério, presidente da comissão, que mandou cortar o áudio de Marina e disse para ela “se pôr em seu lugar”. A fala foi tida como machista por outras parlamentares, que reagiram. O presidente Lula (PT) também telefonou para a ministra para prestar solidariedade a ela, conforme apurou a colunista do UOL Thais Bilenky.
Dia desses, quando o presidente [Lula] falava comigo, me disse: ‘por que será que as coisas demoram tanto para mudar neste país?’. E é claro que há temas tão difíceis como esse, que é o machismo, esse absoluto desrespeito… E lembro da primeira vez que fomos às ruas, antes mesma da Lei Maria da Penha, exigindo respeito, os direitos iguais. E hoje assistimos uma crueldade cometida por parlamentares, que deveriam ser o exemplo para toda a população.
Hoje mesmo, num grupo com as dez ministras do governo federal, eu sugeri que a gente se reúna para discutirmos encaminhamentos muito concretos em relação a essa situação vivida pela ministra Marina, e que pode ser vivida por qualquer uma de nós. Cada vez que há uma sabatina, no Congresso, já há mesmo um temor de que vai haver desrespeito ou discriminação. Márcia Lopes, ministra das Mulheres
Kotscho: ‘O que senador fez com Marina Silva é coisa de cafajeste’
No UOL News, o colunista Ricardo Kotscho afirmou que o senador Marcos Rogério (PL-SP) teve um comportamento de cafajeste ao promover ataques contra a ministra Marina Silva.
Isso que vimos aí é o mais puro bolsonarismo, coisa de cafajeste. Tem que cassar o mandato desse senador, sumariamente, pela Comissão de Ética. Mas faz tempo que a Comissão de Ética não funciona nesse Congresso. Seja para governo ou oposição. Trata-se de uma agressão covarde a uma mulher respeitada no mundo inteiro.