O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e delator da trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi preso nesta sexta-feira (13) em Brasília. Contudo, segundo informações da CNN, a medida foi revogada antes mesmo que fosse cumprida pelos agentes da Polícia Federal.
Ainda segundo informações, a determinação do Supremo Tribunal Federal autorizava a realização de busca e apreensão na casa do tenente-coronel, bem como um novo depoimento à PF.
Cid é suspeito de ter planejado uma fuga do Brasil com o apoio do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que também foi preso no mesmo dia. A investigação aponta que Machado teria atuado junto ao consulado de Portugal, em Recife (PE), em maio, para viabilizar a emissão de um passaporte português a Cid.
Na última terça-feira (10), a Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia solicitado ao STF a abertura de inquérito para investigar Gilson Machado. No documento, o órgão também pediu a autorização para buscas, apreensão de materiais e quebra de sigilo telefônico e de mensagens do ex-ministro.
Mauro Cid é um dos principais réus no caso que apura a tentativa de golpe de Estado que visava manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022. Ele firmou acordo de delação premiada e vem colaborando com as investigações da Polícia Federal.
Além de Cid e Bolsonaro, outros 29 nomes foram denunciados pela PGR por participação na organização do plano golpista. A nova prisão do ex-ajudante de ordens representa um novo avanço nas apurações envolvendo a logística do grupo.