Desde a condenação de Léo Lins a oito anos e três meses de prisão por piadas preconceituosas, diversos humoristas saíram em defesa do comediante, como Maurício Meirelles, Rafinha Bastos, Antonio Tabet e Danilo Gentili. Na terça-feira, 3, foi a vez de Marcos Mion expressar sua opinião sobre o caso. Em uma publicação nas redes sociais, o apresentador do Caldeirão do Mion, da TV Globo, criticou o tipo de humor feito por Lins, mas rechaçou a decisão da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. “Léo Lins é um excelente humorista. Ele começou na TV sendo redator do meu extinto programa, Legendários, e eu adorava seus textos, suas ideias (…) Dentro da sua enorme capacidade e genialidade ele optou pelo caminho do humor ofensivo, do escárnio, do choque a da absoluta falta de respeito. Eu não gosto e não respeito esse tipo de humor”, começou Mion.
Embora seja contra, o apresentador afirma que isso é uma opção do humorista “infringir dor em minorias, espalhar o mal”. “Quem não quer ser impactado não vai ao show, não assiste ao conteúdo. Tá no jogo. Mesmo já tendo tido embate com o Léo sobre algum texto que ele fez sobre autismo, eu estou do lado que condenação criminal em cima de humor é um ultraje. É um absurdo! Você pode processar o Léo, alguém um dia vai ceder à vontade de dar um soco na boca dele, mas condená-lo à prisão por uma ‘piada’ não faz nenhum sentido”, completou. A condenação de Léo Lins é referente a piadas feitas em um vídeo compartilhado no YouTube, em 2022. A sentença decreta que os discursos “estimulam a propagação de violência verbal na sociedade e fomentam a intolerância” e que atividades artísticas não são “passe-livre” para cometimento de crimes.