O presidente comentou sobre a recente crise do governo desencadeada pelo aumento do IOF, que enfrenta resistência do Congresso
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Davi Valadares

Lula durante entrevista coletiva nesta terça-feira, 3, no Palácio do Planalto
Foto: Reprodução/Youtube
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que o governo ainda está discutindo as medidas compensatórias para aumento nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração foi dada em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 3, no Palácio do Planalto.
Na coletiva, Lula também comentou sobre a pressão da Câmara ao longo da última semana para que o governo recue ou apresente uma alternativa ao aumento do IOF anunciado pela Fazenda, assim como as sinalizações de deputados, em especial da oposição, de querer derrubar a medida.
“O Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que ele elaborou na Fazenda. Ora, se houve uma reação [do Congresso] de que tem outras possibilidades, nós estamos discutindo essas outras possibilidades”, disse Lula.
A justificativa apresentada pelo governo federal para o aumento do IOF é a arrecadação de recursos. A expectativa é que este ajuste arrecade R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
Na última quinta-feira, 29, o presidente da Câmara, Hugo Motta, relatou ter combinado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que a equipe econômica teria dez dias para formular um plano alternativo à elevação do imposto.
Na visão de Mota, esse plano teria de ser duradouro, e “evitar gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação.”