Search
Close this search box.
  • Home
  • Brasil
  • Jovem ferido em operação do Bope durante festa junina no Catete recebe alta: ‘Foi um terror’, diz dançarino de 16 anos | Rio de Janeiro

Jovem ferido em operação do Bope durante festa junina no Catete recebe alta: ‘Foi um terror’, diz dançarino de 16 anos | Rio de Janeiro

Recebeu alta médica na tarde deste sábado (7) o estudante Emanuel da Silva Félix, de 16 anos, um dos cinco feridos durante uma ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na Comunidade do Santo Amaro, no Catete, Zona Sul do Rio. A operação aconteceu na madrugada de sábado, durante uma festa junina tradicional que reunia centenas de moradores — incluindo crianças, idosos e grupos culturais.

Emanuel, que está com uma bala alojada nas costas, contou à TV Globo que viveu momentos de terror com a chegada repentina dos policiais. Dançarino de quadrilha junina e morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana, ele fazia parte de um grupo com cerca de 60 pessoas que se apresentava na favela. A quadrilha do Santo Amaro é organizada por moradores da comunidade desde a década de 1980. Para ele, a situação foi constrangedora.

O que eu vi foi uma cena de filme. Nunca imaginei ter passado isso aqui, ainda mais aqui na favela que há cinco anos não tem operação, entendeu? E para mim foi uma cena de filme ver os caras na minha frente passando, ver o impacto nas minhas costas, parecendo que, sei lá, atravessou o tiro. Então, eu estava sentado, eu vi os caras passando, os caras falam assim, que é no caso o BOPE, falam assim, não levanta, fica aí, não levanta. No caso, eu não vou ficar sentado vendo a bala comendo, eu não vou ficar sentado. Então, sei lá, eu só quero que faça a coisa certa aí.

Ferido, Emanuel foi socorrido por moradores até a parte baixa da comunidade. De lá, um policial militar o levou até a UPA de Botafogo, antes de ser transferido ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.

Durante a ação, o office-boy Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, foi atingido por um disparo na barriga. Ele chegou a ser levado ao Hospital Glória D’Or, mas não resistiu aos ferimentos. Herus trabalhava em uma imobiliária e assistia à apresentação das quadrilhas. Segundo a família, ele era pai de um menino de dois anos.

Vídeos feitos por moradores e compartilhados nas redes sociais mostram cenas de pânico, com pessoas tentando se proteger dos tiros em meio à festa. O som de disparos interrompe a música da quadrilha.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, classificou o episódio como “revoltante e desesperador”. Nas redes sociais, criticou a política de segurança pública que, segundo ela, desrespeita a vida de quem mora em favelas e periferias.

A Polícia Militar alegou que a operação foi motivada por informações sobre a presença de criminosos armados na região. Segundo o Bope, houve ataque dos suspeitos, mas os policiais não revidaram neste primeiro momento. Em outro ponto da comunidade, teria havido confronto.

A corporação informou ainda que os agentes usavam câmeras corporais e que as imagens já estão sendo analisadas pela Corregedoria. O Bope instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias da ação.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Efeito Champions! Daniela Beyruti autoriza e SBT começa busca por jogos de futebol

Daniela Beyruti ficou mais do que satisfeita com o resultado obtido pelo SBT com a…

Moraes determina que Carla Zambelli comece a cumprir pena e pede a Ministério da Justiça extradição da deputada

Ministro do STF também determina o envio dos autos do julgamento à Câmara dos Deputados,…

Entenda o caminho e o processo para extradição de Zambelli

Com a determinação definitiva para que a deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) comece a cumprir…