A PF também investiga se os sócios também foram às compras com dinheiro dos aposentados. Entre 2019 e 2025, Alencar gastou mais de R$ 5,4 milhões na aquisição de seis imóveis no estado de São Paulo. No mesmo período, Moita comprou apartamentos em Santos e Praia Grande por cerca de R$ 1,8 milhão.
Diretor da Contag comprou apartamento de R$ 1,6 milhão em Brasília (DF). De acordo com a PF, Alberto Ercilio Broch fez a aquisição em 1º de setembro de 2023. Ele assinou com o INSS o acordo que deu origem aos repasses à confederação.
Além do diretor, secretárias da Contag também se beneficiaram. Secretária-geral da confederação, Thaisa Daiane Silva comprou uma casa em Campo Grande e uma gleba em Bandeirantes (MS), por cerca de R$ 600 mil, entre 2022 e 2025. Já Edjane Rodrigues Silva, secretária de políticas sociais da instituição, adquiriu um apartamento no Núcleo Bandeirante (DF) por R$ 330 mil, em 2021.
Durante a vigência do suposto esquema, a Contag arrecadou mais de R$ 2 bilhões, segundo a PF. A investigação mostrou que o dinheiro veio de descontos nos vencimentos de mais de 1,3 milhão de aposentados e pensionistas.
Apesar de pedido, Justiça não deferiu sequestro dos bens nesses casos. O entendimento do juiz federal Frederico Viana foi de que não havia “indícios veementes” de que as compras foram realizadas com dinheiro de origem ilícita.
Outros envolvidos compraram imóveis
Um apartamento de R$ 770 mil em Curitiba foi comprado por Maria Paula Oliveira. Ela é responsável pela Xavier Fonseca Consultoria que, segundo a PF, teria recebido recursos do esquema.