O Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informaram que já cancelaram 2,3 milhões de descontos associativos durante a gestão do presidente Lula (PT).
Segundo a nota conjunta, das 11 entidades investigadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal (PF) somente uma teve acordo assinado em 2023. Os demais acordos foram firmados em 1994 (1), 2014 (1), 2017 (2), 2021 (1) e 2022 (5).
“Levantamento atualizado aponta que de janeiro de 2023 a abril de 2025, portanto, no atual governo, 2.356.170 descontos associativos foram cancelados”, diz a nota.
Os órgãos também citam 9 medidas tomadas para evitar fraudes nos pagamentos aos beneficiários. No entanto, todas só foram aplicadas entre o ano passado e o começo deste ano.
Ontem, o ministro Vinicius de Carvalho, da CGU, informou que todos os Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com entidades e associações em vigor com a autarquia foram suspensos. Como os descontos foram suspensos, os segurados não precisam solicitar o cancelamento.
A “Operação Sem Desconto“, da PF e CGU, revelou, nesta semana, um suposto esquema envolvendo a alta cúpula do INSS e associações que faziam descontos indevidos na folha de pagamento de beneficiários. Seis servidores foram afastados, incluindo o então presidente do INSS Alessandro Stefanutto — que foi demitido após ordem do presidente Lula.
Segundo as investigações, os descontos feitos pelas entidades no período de seis anos chegaram a R$ 6,3 bilhões. Parte desse valor teria sido recebida pelas associações por fraudes. O INSS tinha cerca de 6 milhões de beneficiários com descontos de entidades ativos na folha de pagamento.