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Ideflor-Bio e parceiros impulsionam pesquisa em Unidades de Conservação do Pará

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) realizaram uma reunião estratégica, na segunda-feira (7), para discutir os rumos do Programa de Pesquisa para Unidades de Conservação. O encontro objetivou fortalecer a cooperação entre as instituições e ampliar as ações voltadas à preservação, estudo e aproveitamento sustentável do patrimônio genético da Amazônia Oriental, região da Amazônia Legal que inclui o Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.

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Participaram da reunião o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto; os professores da UFPA, Artur Silva e Diego Assis; o diretor do Núcleo de Meio Ambiente da UFPA, o doutor Gilberto Rocha; além do diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato, e assessores técnicos da presidência do Instituto, Thiago Valente e Juan Hoyos.

O diálogo marcou mais um passo na consolidação de projetos voltados para a pesquisa científica em áreas protegidas do Pará. Durante o encontro, foram debatidos os avanços do projeto Iwasa’i – Centro Avançado de Biotecnologia da Amazônia Oriental, aprovado pelo CNPq por meio da chamada Pró-Amazônia.

Coordenado por uma rede de 11 instituições, o projeto visa a conservação e exploração biotecnológica do patrimônio genético amazônico, com foco em micro-organismos presentes em solos, rios e animais endêmicos das unidades de conservação.

Diego Assis, professor da UFPA e integrante da equipe executora do projeto, explicou que três UCs já foram definidas como áreas prioritárias para as primeiras pesquisas: o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, em Almeirim, o Monumento Natural do Atalaia, em Salinópolis, e o Refúgio de Vida Silvestre Rios São Benedito e Azul, em Jacareacanga. “Essas áreas foram escolhidas por sua diversidade ecológica, mas o objetivo é expandir para outras UCs ao longo do projeto”, afirmou.

Pesquisas sobre ativos estratégicos –Segundo Artur Silva, professor titular da UFPA e diretor técnico-científico da BioTec-Amazônia, a parceria com o Ideflor-Bio já resultou em importantes descobertas. “Em uma das ações anteriores, identificamos micro-organismos com rotas metabólicas inéditas no mundo, em uma área próxima ao eixo urbano. Isso mostra o potencial inexplorado da nossa biodiversidade, que pode ser usado não só para conservação, mas também em aplicações industriais, como na fabricação de fármacos e cosméticos”, destacou o pesquisador.

Artur Silva ressaltou ainda que o projeto é pioneiro ao buscar protagonismo científico para a região amazônica. “Essa iniciativa transforma nossas florestas de passivos ambientais em ativos estratégicos. É um movimento de valorização do que temos de mais precioso: nosso patrimônio genético. E, com isso, podemos gerar conhecimento, desenvolvimento econômico e melhoria na qualidade de vida da população local”, completou.

Conservação com foco no futuro da região –Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a articulação entre ciência e conservação é fundamental para o futuro da Amazônia. “A pesquisa científica é uma das ferramentas mais importantes para garantir a sustentabilidade das nossas unidades de conservação. Estamos comprometidos com parcerias que ampliem o conhecimento sobre a biodiversidade e incentivem o uso responsável dos nossos recursos naturais”, afirmou.

O Programa de Pesquisa para Unidades de Conservação visa integrar o trabalho de pesquisadores, gestores ambientais e comunidades locais, de forma a transformar as áreas protegidas em espaços de inovação científica, educação ambiental e geração de soluções tecnológicas para os desafios da bioeconomia amazônica.

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