O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta sexta-feira (2) uma reunião emergencial com o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), em meio à crescente crise política causada pelo escândalo de fraudes bilionárias no INSS. O encontro, marcado para as 16h no Palácio do Planalto, ocorre sob a ameaça concreta de rompimento do PDT – partido-chave na base governista.
O que está em jogo
- Futuro de Lupi no governo:
- O PDT pressiona pela permanência do ministro, enquanto o Planalto avalia seu afastamento para conter o desgaste político
- A nomeação do procurador Gilberto Waller Junior para presidir o INSS, sem consultar Lupi, acirrou os ânimos
- Risco de desmonte da base:
- O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer, declarou ao Estadão que a bancada “defende a saída da base” caso Lupi seja demitido
- O partido detém 17 deputados e 4 senadores – apoio crucial para votações no Congresso
- Escândalo dos R$ 8 bilhões:
- A Operação Sem Desconto (PF/CGU) revelou esquema de descontos ilegais em benefícios desde 2016
- Lula determinou intervenção no INSS e aprofundamento das investigações
Cronologia da crise
▸ 27/06: PF deflagra operação com buscas no INSS
▸ 30/06: Estadão revela que Lula demitiu o presidente do INSS
▸ 01/07: Gleisi Hoffmann sinaliza apoio condicional a Lupi
▸ 02/07: Nomeação de Waller Junior acende alerta no PDT
As duas versões
No Planalto:
- Argumentam que a troca na Previdência é necessária para “enxugar a máquina”
- Temem contaminação eleitoral em 2026
No PDT:
- Acusam o governo de “estigmatizar” Lupi antes de conclusão investigativa
- Alegam que demissão seria “prêmio à oposição”
Próximos passos: A reunião desta tarde pode definir não apenas o futuro de Lupi, mas o equilíbrio político do governo Lula. Enquanto isso, a PF segue rastreando os R$ 8 bilhões desviados – valor que equivaleria a 16 estádios Maracanã ou 2 anos do Bolsa Família.**
(Com informações do Estadão e Terra)
