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Haddad diz que governo apresentará proposta ao Congresso até amanhã e que incluirá reformas estruturais

O ministro da Fazenda,Fernando Haddad, disse que vai calibrar impostos em relação a finanças e voltará a discutir reformas estruturais com o Congresso. Em entrevista na chegada ao ministério, em Brasília, na manhã desta segunda-feira, ele disse que na conversa com Congresso sobre o polêmico decreto do IOF se chegou a um ponto que agrada a equipe econômica. Na semana passada, o presidente da Câmara, Hugo Motta, estabeleceu o prazo de dez dias para que o governo apresentasse alternativas ao decreto. Haddad disse, no entanto, que já havia dito que não precisava de todo esse prazo e que tinha ficado acordado de se fechar uma solução até amanhã, antes da viagem do presidente Lula.

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– O decreto é para resolver um problema pontual, distorções pontuais, mas se nós ficarmos de decreto em decreto, nós não vamos fazer o que o país precisa para apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade. Os três presidentes, portanto, da República, da Câmara e do Senado concluíram que vale a pena esta semana, antes da viagem do presidente se debruçar sobre essas questões e tomar uma decisão. Então, para nós, o fato de o presidente embarcar amanhã à noite significa que nós temos hoje e amanhã, em sintonia com as Casas, porque nós já sabemos exatamente o que está na mesa, é definir qual vai ser o recorte que vai ser feito dessas medidas e apresentar para os três presidentes.

– Se nós chegarmos a uma boa definição, 70%, 80%, 90% daquilo que foi discutido, se houver uma compreensão de que é hora de avançar, eu acredito que nós vamos dar uma perspectiva muito mais sustentável, sem essas medidas que são paliativas, que nós sabemos que não são estruturais. Então, para nós, é muito melhor fazer as correções no atacado do que fazer correções no varejo – afirmou Haddad.

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O ministrou disse acreditar que esta semana possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF, quanto questões estruturais.

– Quer dizer, não dá para dissociar mais uma coisa da outra. Você quer alterar o curto prazo? Altera o longo prazo junto. Porque aí você faz uma combinação que dá para o investidor, para o cidadão, para o trabalhador um horizonte das regras do jogo daqui para frente. Com previsibilidade, com transparência e com discussão sobre a justiça das medidas – afirmou.

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Perguntado se, ao fim, a crise do IOF teria gerado uma solução mais positiva, o ministro disse que o governo não pode ficar sem iniciativa:

– O que eu sempre deixei claro é que eu não vou abrir mão das metas que a Fazenda estabeleceu de comum acordo com o Executivo e com o Legislativo. Nós não podemos abrir mão. Então, o que tiver que fazer, eu vou fazer. Agora, eu prefiro soluções estruturais como qualquer ministro da Fazenda. Você pergunta para qualquer ministro da Fazenda o que ele prefere são soluções estruturais. Se o Congresso está dizendo que também prefere é muito melhor para o país soluções estruturais Então, o que a Fazenda não pode é perder a iniciativa. Nós não podemos fazer isso, se nós deixarmos a acomodação falar mais alto nós não vamos avançar.

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Sobre a mudança na nota da Moody’s na última semana, que manteve a nota de risco do Brasil em Ba1, mas alterou o viés de positivo para neutro, Haddad disse que as agências reagem à capacidade de iniciativa do país.

– As agências, elas reagem à capacidade de iniciativa do país. Se as agências percebem que o país deu uma parada, não está enfrentando os temas, ela também para e fala “vou esperar para ver o que acontece”. Se percebe que o país deu uma parada, elas também param.

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Ao ser questionado se a Reforma Administrativa se tornaria uma prioridade do governo para conter gastos, o ministro Fernando Haddad ponderou que alguns aspectos do texto no Congresso aumentam gastos e que devem ser tratados com cautela. Na avaliação de Haddad, qualquer discussão sobre a Reforma Administrativa deveria ser precedida pelo debate dos supersalários:

– Nós já mandamos algumas dimensões da Reforma Administrativa que, na minha opinião, deveriam preceder toda e qualquer votação que é a questão dos supersalários e do acordo que foi feito com as forças sobre aposentadoria. Nós daríamos um bom exemplo para começar a discutir esse tema, começando pelo topo do serviço público.

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