Neste terça-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentou uma proposta para o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Contudo, as mudanças só devem ser apresentadas ao público na próxima semana.
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De acordo com Haddad, a medida ainda será compartilhada com líderes do Congresso, para então ser oficialmente divulgada. A alta no IOF continua até lá.
Esteve presente na reunião, além de Alcolumbre e Motta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há 15 dias, o governo anunciou alta no IOF como forma de aumentar a arrecadação e atingir a meta fiscal, mudança que não foi bem recebida. Uma alternativa tem sido estudada desde então.
— Hugo Motta deu 10 dias para apresentar uma resposta. Nós apresentamos uma resposta, na presença do presidente da República. Mas, ainda é preciso apresentar para os líderes — afirmou Haddad.
A justificativa é que o governo precisa dos votos do Congresso. Havia um risco de que o decreto presidencial do IOF fosse derrubado por Câmara e Senado.
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— Nós estamos tendo esse cuidado todo porque dependemos dos votos do Congresso Nacional. O Congresso precisa estar convencido que é o caminho mais consistente, do ponto de vista da política macroeconômica. Eu preciso da aprovação pelo menos de uma parte das medidas para rever o decreto — continuou Haddad.
— Estamos avaliando a viabilidade e a pertinência das medidas. Estamos bastante seguros de que elas são justas e sustentáveis do ponto de vista macroeconômico — destacou.
Motta e Alcolumbre
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), falaram sobre a importância de discutir medidas que busquem o equilíbrio das contas públicas de forma estruturante.
— Não poderemos rever um decreto sem antes discutirmos uma agenda estruturante de país — afirmou Alcolumbre.
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Ele destacou que não é possível retirar o decreto sobre o IOF sem avançar nesse tipo de discussão. Ainda, os dois presidentes elogiaram os esforços em dialogar com a Câmara e o Senado, compostos por opositores e apoiadores de Lula.
*Com informações do g1
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