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“Golpe???”, escreve Bolsonaro durante interrogatório de Mauro Cid no STF

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“Golpe???”, escreveu Bolsonaro no documento deixado sobre sua mesa no intervalo da sessão, que pôde ser lido à distância pela equipe da coluna. A palavra “golpe” estava ainda em outro pedaço do papel observado pela equipe da coluna, acompanhado de outras anotações. O ex-presidente deixou os óculos e a caneta sobre a mesa e as notas, o que dificultou a leitura completa dos escritos.

As anotações de Bolsonaro dão uma pista sobre os pontos que mais chamaram a atenção do ex-presidente no interrogatório, que se encerrou por volta das 18h25 desta segunda-feira (9).

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Nos papéis, Bolsonaro ainda anotou “Theophilo”, referência ao general de quatro estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, que fazia parte do Alto Comando do Exército sob o governo Lula até novembro de 2023 e também é réu por suposto envolvimento numa trama golpista para impedir a posse de Lula.

Segundo Cid afirmou no depoimento, o general Theophilo seria o responsável por colocar as tropas na rua caso o Exército acompanhasse a trama golpista e decidisse romper com a ordem constitucional para manter Bolsonaro no poder e impedir a posse de Lula. “O Exército iria cumprir”, disse Cid, ao lembrar a fala do general se Bolsonaro assinasse a minuta golpista.

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O presidente ainda anotou a sigla “CTE”, que faz referência à Comissão de Transparência das Eleições, que fiscalizou o processo eleitoral durante o pleito de 2022 e foi epicentro de uma crise que opôs, de um lado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, de outro, as Forças Armadas, que insistiam na adoção de medidas para aperfeiçoar o processo eleitoral, como a realização do Teste de Integridade com biometria.

Nesse teste, se realiza uma votação paralela e totalmente independente da eleição de verdade, para conferir se as urnas são confiáveis. O procedimento já é feito regularmente pelo tribunal com a votação paralela, que é filmada e auditada.

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Após pressão dos militares, o TSE, na época presidido por Moraes, concordou em realizar o teste com a biometria do eleitor em um projeto-piloto.

De acordo com Cid, Bolsonaro tentou interferir no relatório das Forças Armadas sobre o processo eleitoral, querendo um documento mais político e duro, mas os militares acabaram fazendo um “meio termo”.

O ex-chefe do Executivo também traz na lapela do terno um pin da Medalha do Pacificador, distinção do Exército Brasileiro criada em 1953 para reconhecer quem prestou serviços relevantes à força. Ele foi condecorado com a distinção em dezembro de 2018, um mês antes de assumir a Presidência da República.

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À época, o Exército alegou que a honraria a Bolsonaro foi concedida por conta de um episódio ocorrido em 1978, quando o ex-presidente impediu que um soldado se afogasse durante exercícios militares.

Conforme informou o blog, Cid se preparou durante quatro dias para os questionamentos que enfrenta nesta segunda-feira.

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Cid foi orientado pelos seus advogados a reler todos os depoimentos que prestou à Polícia Federal ao longo das investigações – e desde a última quinta-feira (5) se dedicou à tarefa.

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