No programa Entrelinhas da última sexta-feira (06), João Zambelli, o filho da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o país na semana passada, falou a respeito da perseguição que a família vem sofrendo, por ordens do ministro Alexande de Moraes. Após decretar a prisão preventiva da deputada, o ministro também determinou o bloqueio das redes sociais de seus familiares.
“A condenação não deve passar do acusado”, lamentou João. O jovem relatou que a deputada era a única fonte de renda, tanto dele quando de sua avó. Ele também mencionou as consequências do corte de verbas do gabinete de sua mãe: “Dezoito funcionários ficaram sem salário e, dentre eles, um tem filho que é especial e outros têm problemas de saúde gravíssimos”, descreveu.
“Carla Zambelli foi a segunda deputada federal mais votada do Brasil. Isso é muito sintomático do estado de coisas atual do nosso país. Dois dos principais deputados estão hoje fora do território nacional”, lembrou o comentarista Frederico Junkert, referindo-se ainda ao caso de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.
Também convidada do programa, a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) classificou a prisão de Carla Zambelli como uma “aberração de todos os tipos”. Ela destacou que, por exemplo, um deputado federal só pode ser preso em flagrante por crime inafiançável, o que não ocorreu no caso dela.
Recado aos eleitores
João Zambelli transmitiu uma mensagem de sua mãe, afirmando que ela “nunca desistiu de vocês”, dirigindo-se aos seus apoiadores. Ainda reforçou que Carla Zambelli continuará defendendo os brasileiros, “independentemente de onde esteja”.
João declarou sua intenção de entrar para a vida pública e “seguir lutando” pelas pessoas que votaram em sua mãe. “Eu só tenho o meu terno, a minha gravata, minha coragem e o meu sobrenome. Então vou ficar no Brasil, mantendo o nome da minha mãe”, revelou.
O Entrelinhas vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 15h, no canal da Gazeta do Povo no YouTube, trazendo os principais temas do cenário político e econômico do país. A apresentação é de Mariana Braga, com comentários de Frederico Junkert, advogado e especialista em direito constitucional.