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Feira de Arte Indígena no Hangar segue até amanhã

Belém Sementes, especiarias e pinturas corporais são alguns dos elementos da cultura indígena que podem ser vistos na Feira de Arte Indígena, programação integrante da Semana dos Povos Indígenas que está aberta no Hangar, em Belém. A riqueza do artesanato e da ancestralidade são visíveis em cada ponto da feira, a partir de acessórios, vestimentas e modos de viver e de falar dos povos originários. Além do contato com os costumes indígenas, e debates sobre os saberes e desafios dos povos indígenas hoje, haverá uma vasta programação musical com shows e mostra da beleza indígena nesta terça-feira, 15, a partir das 19h. E nesta quarta-feira, 16, a partir das 20h, artistas diversos sobem ao palco do Hangar, entre eles, as bandas Xeiro Verde e Fruto Sensual, além do Nosso Tom, Pinduca e artistas indígenas.

O encontro traz à capital paraense diversas etnias indígenas do Pará e de estados vizinhos. A indígena Kokoiadui Metuktire, de 24 anos, é da aldeia Piaraçu, que está localizada em sua maioria no município de São José do Xingu, no Mato Grosso. Ela é uma das pessoas que saiu do município de Colíder com sua família para participar do evento em Belém. “É muito importante pra gente estar aqui mostrando a nossa forma de vida na aldeia. A gente é de Colíder e veio junto com o povo Kaiapó, do sul do Pará”.

Kokoiadui Metuktire diz ainda que o papel feminino nas aldeias é fundamental. “A gente trabalha com artesanato, pintura e com o plantio e a colheita na roça. As mulheres que fazem a plantação, principalmente de mandioca e de frutas. Também a gente é quem cuida dos filhos”, completa a indígena com o filho no colo.

Mais de 600 mulheres dos povos Waiwai trabalham no artesanato num processo longo e trabalhoso. É o que conta Marlúcia Gomes, 55, que veio participar da feira em Belém pela primeira vez. “Estamos trazendo artesanato, sementes, pimenta, colares, cintos e diversos acessórios com miçangas, então é muito importante a gente sair da aldeia e mostrar o nosso trabalho, que é um pouco do que a gente faz na aldeia. A gente faz as peças em vários momentos. Primeiro, tem que furar, depois, coloca arame e depois finaliza o produto”, detalha.

Além dos povos Waiwai, que são dos povos Karib-norte e vivem no Pará, existem ainda outras tribos chamadas Aparai, Wayana, Tiriyó, Katxuyana, Hixkariyana. Marlúcia mora na aldeia que fica localizada no Rio Mapuera, às margens do Rio Trombetas, perto das Guianas. De lá para Belém foram muitas viagens entre canoas, desbravando 80 cachoeiras, além de ônibus e muita andança, num período de dez dias aproximadamente. “Mesmo cansada, acho que é importante estar aqui. Mostrar a nossa cultura, que é muito rica, ainda preservamos muitas coisas, como a dança, a pintura e a língua, que são várias. Na aldeia, por exemplo, é karibe”, explica a indígena.

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