O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, divulgou nota após a reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. No encontro, o governo sugeriu que pode rever parte do aumento de IOF anunciado no mês passado e negociar com o Legislativo um pacote de medidas estruturantes para equilibrar as contas públicas.
Para Sidney, o que “parecia ser um retrocesso grave na condução da política fiscal, pode ser uma virada de chave num momento sensível.”
“Felizmente, e em boa hora, prevaleceu o bom senso, o que possibilitou, espero, uma nova e necessária discussão sobre ajustes estruturais nas finanças públicas, cujo debate parecia esgotado politicamente.”
Para o representante dos bancos, foi muito importante a abertura de Haddad ao diálogo com o setor e foi acertada a postura firme dos presidentes da Câmara e do Senado, que traduziram o inconformismo da sociedade e do empresariado com a pesada carga tributária.
“Não podemos, portanto, desperdiçar essa oportunidade, pois o que ninguém mais tolera é esticarmos a corda da alta de impostos e da elevação dos gastos públicos. E, como o ministro Haddad estava numa missão bem solitária, é uma ótima notícia a Câmara e o Senado liderarem o processo da agenda de equilíbrio das contas públicas. É um protagonismo muito bem-vindo essa postura do Parlamento”, afirmou Sidney.