Preso nesta sexta-feira, 25, por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo relacionado à operação Lava Jato, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi encaminhado para o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL). Em ofício, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acionou a unidade prisional para que informe, no prazo de 24 horas, se dispõe de ala especial para receber o ex-presidente.
A possibilidade de Collor ficar custodiado em uma ala especial, isolado dos demais presos, foi solicitada pela defesa. O advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa argumentou, entre outras coisas, que o ex-presidente tem 75 anos de idade e condição delicada de saúde.
Ainda não se sabe quanto tempo Collor permanecerá preso nesta unidade. O Supremo ainda vai decidir se acolhe ou não a decisão monocrática de Moraes que determinou, na noite desta quarta-feira, 24, o cumprimento imediato da pena. O julgamento virtual já tem quatro votos em apoio à decisão de Moraes, mas foi interrompido por um pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes. A decisão interrompe a análise e a leva para o plenário físico, ainda sem data marcada.
Collor foi preso na manhã desta quinta, no aeroporto de Maceió. A defesa afirmou que ele estava indo para Brasília, onde se entregaria. O ex-presidente foi condenado a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os ministros ficaram convencidos de que Collor recebeu 20 milhões de reais de propina entre 2010 e 2014 para usar sua influência política como senador da República para facilitar obras da UTC Engenharia de construção de bases de distribuição de combustíveis da antiga BR Distribuidora.
