Mia relata que os episódios começaram em festa no Plaza Hotel e se repetiram em casas do cantor
Atenção: a matéria a seguir traz relatos sensíveis de agressão e abuso sexual e pode ocasionar gatilhos sobre estupro, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência, ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
Uma ex-assistente de P. Diddy afirmou em tribunal que foi abusada sexualmente pelo artista pela primeira vez durante a festa de aniversário dele, realizada em um hotel de luxo em Nova York, e disse que esse não foi o único episódio. Nesta quinta (29/5) aconteceu o 12° dia de julgamento do rapper diante acusações de tráfico sexual.
A testemunha, identificada com o pseudônimo “Mia”, contou aos jurados que trabalhava para Diddy em 2009, quando ele a agrediu sexualmente no Plaza Hotel, onde comemorava seus 40 anos. Segundo ela, Diddy havia alugado a cobertura do hotel para uma festa com várias celebridades não identificadas. Em determinado momento, ele pediu para conversar com ela na cozinha, mandando todos saírem e ficando a sós com ela.
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P. Diddy é acusado de agressões sexuais contra mais de 100 pessoasFoto: Stan Honda/AFP

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Mia disse que estava no início do emprego, e que Diddy comentou que os dois trabalhariam de forma bastante próxima. Ele então serviu doses de vodca. Ela relatou ter bebido, mas que o efeito foi mais forte do que o normal e que sua visão ficou turva. Na sequência, ele se aproximou, colocou o braço por dentro do vestido dela e a beijou — o que, segundo Mia, ela não queria que acontecesse. Ela afirmou que ficou paralisada, em estado de choque, e não conseguiu reagir.
O próximo momento de que se lembra, contou, foi acordar na manhã seguinte em uma cadeira, em outro cômodo da cobertura.
Mia disse aos jurados que acreditava que aquilo nunca mais se repetiria e que talvez tivesse sido um acidente. No entanto, relatou novos episódios de abuso durante o período em que trabalhou com Diddy.
Segundo ela, o segundo caso aconteceu na casa do artista em Los Angeles. Mia contou que dormia em seu quarto quando sentiu o peso de alguém sobre ela: era Diddy. Ele teria usado uma das mãos para abrir a calça e penetrá-la. Ela relatou que ficou completamente imóvel, e que tudo aconteceu muito rápido. Disse ter sentido medo, vergonha, confusão e pânico.
Outro abuso teria ocorrido em outra residência de Diddy em Los Angeles. Mia relatou que estava agachada no chão do closet do artista, organizando uma bolsa, quando ele entrou, tirou o pênis para fora, segurou a cabeça dela e forçou sexo oral. Chorando no tribunal, Mia afirmou que não reagiu, que ficou paralisada e que se sentiu como um lixo.
Ela também mencionou mais um episódio de agressão sexual, desta vez dentro de um jato particular. Disse aos jurados que nunca quis qualquer tipo de relação sexual com Diddy.