Pesquisas de opinião recentes questionaram eleitores em quem votariam caso as eleições fossem hoje e se aprovam ou não governo Lula
6 jun
2025
– 14h39
(atualizado às 14h41)
A nova publicação do Censo 2022 nesta sexta-feira, 6, mostra que os evangélicos já representam mais de um quarto da população brasileira, número que segue crescendo, enquanto o de católicos vem diminuindo. Nas últimas eleições, o segmento foi disputado pelos diferentes candidatos e segue sendo parcela da população que pode definir os resultados nas urnas.
São também os evangélicos que mais desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 66%, contra 30% de aprovação. O porcentual de desaprovação, quando comparado ao dos eleitores católicos, é 13 pontos porcentuais mais alto. Os dados são da última pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 4.
Nos resultados gerais do levantamento, o índice de desaprovação é de 57%, ou nove pontos porcentuais abaixo que entre os evangélicos. A margem de erro nesse segmento religioso é de quatro pontos porcentuais, o que, ainda assim, mostra desaprovação maior do grupo ao petista.
A pesquisa entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios entre os dias 29 de maio e 1.º de junho. A margem de erro geral é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos nos resultados gerais e o nível de confiança é de 95%.
Se as eleições presidenciais do ano que vem fossem agora, seriam os evangélicos quem mais votariam no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo que o réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por golpe de Estado esteja inelegível até 2030 por crimes eleitorais. Os dados são da última pesquisa da AtlasIntel divulgada dia 30 de maio.
São 65,6% evangélicos que votariam em Bolsonaro, contra 27,2% que dariam o voto a Lula. Entre os católicos, maior grupo religioso segundo o Censo, 46,2% disseram que o candidato que escolheriam seria Lula, contra 44,5% que votariam em Bolsonaro.
A pergunta considerou os mesmos candidatos de 2022, mas outros nomes apareceram com porcentagem inferior a 3,7% nas respostas. Nos resultados gerais da Atlas, 46,7% dos entrevistados votariam em Bolsonaro, ante 43,9% em Lula, o que significa que os evangélicos preferem o ex-presidente do que a população em geral, com 19 pontos porcentuais de diferença.
A pesquisa ouviu 4.399 brasileiros entre os dias 19 e 23 de maio. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro de um ponto porcentual.